terça-feira, 23 de novembro de 2010

Para as pessoas legais

La Belle Verte, todas as pessoas legais TEM que assistir esse filme.


(comunicação por telepatia)

Assisti esse filme duas vezes e as duas vezes senti coisas diferentes porém semelhantes. Por iso eu insisto: todas as pessoas legais DEVEM assistir. As que não são legais assistam também... quem sabe vocês não se tornam legais :B

La belle verte é a história de um povo que habita num planeta mais evoluído que a Terra. Nesse planeta eles são felizes e vivem com o que podem ter, exercitam a moral, o intelectual, o corpo físico e afins. Um belo dia de ano novo eles decidem visitar alguns planetas e nunca ninguém quer ir para Terra. Mila, uma mulher corajosa cuja mãe era terrestre porém ninguém sabia, decide visitar a Terra em busca de sua mãe. Nessa visita muitas coisas ocorrem, porque esses indivíduos do outro planeta tem poderes. Poder de desconectar as pessoas de suas futilidades, fazer com que estas reflitam sobre o mundo e sobre suas respectivas vidas, sobre os detalhes, sobre os paradigmas... enfim...


(detalhe de uma folha de alface)

Além desses "poderes", eles se comunicam por telepatia e precisam da natureza para isso. Logo, dá para perceber o motivo pelo qual o organismo de Mila não conseguiu se adaptar na Terra e, sendo assim, esta não comia e se recarregava (igual bateria) abraçando recém-nascidos. Por aí vai... filme mais que recomendado, principalmente para as pessoas legais.

Depois desse filme com centreza você dará mais valor aos detalhes que gritam e, algumas pessoas por serem tão ocupadas, mal percebem...

*pessoas legais leia-se: pessoas sensíveis o suficiente para receberem uma mensagem moral.


(orquestra de silêncio)

domingo, 14 de novembro de 2010

o "querer mostrar"



Domingo pela manhã é um excelente momento para lembranças e reflexões; bom, pelo menos pra mim. Estava eu, então, num desses momentos quando me lembrei da aula de redação quando eu fazia cursinho pré-vestibular em 2007. Lembrei da queridíssima professora Thaís comentando algo sobre internet, querer ser, querer ter, querer mostrar e se aparecer. Não me lembro muito bem, mas acho que era proposta de redação do vestibular da UNIFESP.

Juntando essa lembrança com a reflexão que tive a poucos dias na palestra sobre política do professor da área de educação, Maurício Saliba, onde ele afirmava que o ser humano só se é feliz e consegue obter objetivos de vida quando este faz e é reconhecido, pelos outros, de alguma maneira pelo que faz.

Pois bem, pensando sobre tudo isso me veio na cabeça a INTERNET. Vasculhando o mundo alheio no orkut, facebook e twitter, vi a grande necessidade que as pessoas têm atualmente de dizer e mostrar a todo momento o que elas fazem ou deixam de fazer. Mas por que isso? Talvez seja a busca pelo reconhecimento alheio, ou talvez elas sofram de depressão e precisam que pessoas digam o que fazer... não sei, pode soar um tanto subjetivo, mas por que tantas pessoas agem nesse mundo virtual de maneira tão igual?
Pensando por outro lado, o mundo virtual ja está um tanto massificado. Quem nunca ouviu falar na internet em pelo ano de 2010?
Tá certo, eu sei que o mundo é muito grande e que existem tribos espalhadas pelo mundo que ainda vivem como os homens primitivos. Mas como eu sei disso? Porque vi na internet.

E você aí, o que tanto ja fez para se mostrar na internet e atribuir maior número de reconhecimento? Por exemplo: "olha o que eu e meus amigos fizemos no final de semana"... ou então "olha o show que eu fui e você perdeu"... ou "olha como estou feliz com meu presente de natal"...ou "fui num orfanato e brinquei com criancinhas" viram? Por que as pessoas precisam que as outras vejam e saibam do que elas têm ou o que elas estão fazendo? Será isso a eterna caminhada pela felicidade? Mas que felicidade é essa? Felicidade que só se concretiza com o reconhecimento alheio?

Segundo a minha interpretação do prof Saliba, essa é uma forma do ser se encontrar na sociedade enquanto indivíduo, mostrando e sendo reconhecido, pois isso é o objetivo "mor" para que o ser seja feliz e não desista de viver.

Não estou julgando ninguém, é apenas uma reflexão, ainda mais porque depois disso eu olhei muito para o meu umbigo e vi que ja fiz várias dessas coisas para ser reconhecida e nem ao certo sabia o motivo para isso.

Oh god, a ignorância é uma benção!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Estereótipo



Quando se é a primeira filha e a primeira neta de uma família que adora crianças você é mimada. Ao decorrer do tempo você se torna a bonequinha do papai e do vovô e a princesinha da mamãe e da vovó, principalmente porque você tem a pele clara, olhos azuis e cabelos loiros. Sua tia te dá bonecas e faz você as vestir de cor-de-rosa. Não obstante, sua mãe pretende fazer-lhe penteados, te passar batom, colocar roupas cor-de-rosa, te obriga a sorrir e bate várias fotos. Com a sua idade você até curte. Você é mimada, cuidam de você e ainda registram. É, sua família te ama e que te ver sempre fofinha. Mas você se sente mal com tantas pessoas tentando fazer de você uma coisa que você não é. Você não gosta de bonecas e prefere se vestir de vermelho, verde ou até mesmo azul... por que não roxo, laranja ou amarelo? Mas, rosa? Logo você entra na escola e por ser branca/olho azul/loira você tem a obrigação de ser metida. Sendo taxada de metida as outras crianças não gostam de você. Você cria seu universo paralelo e busca chamar a atenção das outras crianças de outras formas, seja contando piadas, se jogando no chão ou tentando pular amarelinha totalmente parecendo mais com uma patinha. Você cresce do seu jeito, na sua bolha, no seu mundo. As meninas da sua idade se vestem e agem feito mocinhas e você continua sendo aquela mulecona que usa all star e tem o cabelo armado. Sua família ainda te ama muito, mas sempre te questiona o motivo pelo qual você não é igual as outras. Um tempo depois você adquire certa feminilidade, mas é exclusiva sua, algumas pessoas até gostam, mas você continua sendo diferente. Se você resolve fazer filosofia em uma universidade pública, tá ferrada! Talvez isso seja bom. Primeiro que as pessoas olham o seu visual e pelo fato de você ser branquinha, olhos azuis e loira, além de metida você tem a OBRIGAÇÃO de ser RICA e BURRA. Aí tem que aguentar os questionamentos e afirmações alheias "aquela guria ali é rica, nem sei o que ela tá fazendo aqui", "ihhh ela é mór mimadinha, deve ser um cu", "oi, tudo bem? por que você quer fazer filosofia sendo que você é rica?".... AHHHH!

APELO I: sei que todos ja sofreram algum tipo de preconceito, mas eu não quero deixar para o meu filho um mundo estereotipado. Eu quero que ele tenha direito de escolhas mesmo sendo julgado, aliás, quero que ele seja menos julgado do que as pessoas são e sempre foram (utópico? sim, mas esperançoso). É claro que o pensamento sempre julga, é inevitável e hipocrisia negar, mas julgar uma pessoa e obrigá-la a ser o que ela não é, isso é crueldade.

APELO II: se uma pessoa é mimada e ela gosta, é porque se sente amada e muitas vezes ela não tem culpa de ser mimada. Ela não tem culpa que as pessoas a amam e querem vê-la feliz, fazendo mimos e trocando carinhos. Acredito que quem usa a palavra "mimada" no sentido perjorativo, é porque nunca foi mimado e morre de raiva!

APELO III: muitas vezes as pessoas que nascem ricas não tem culpa de terem tal status, elas não pediram pra nascerem ricas. As vezes esse mundo de futilidades é a única coisa que elas conhecem e nem todas as pessoas ricas seguem o padão de beleza que a mídia impõe. Não estou defendendo a burguesia, apenas penso que tal taxação tem mais de um lado.

Finalização: sou mimada, mas não sou rica e meu ócio favorito é filosofar. Seja quem você quiser ser, cada indivíduo tem seu momento. As pessoas mudam se assim julgarem melhor para elas. Logo, quem é você pra julgar alguém? Pense nisso. Você só é mais uma pulga no leão assim como os demais que aqui habitam.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

tRaDiÇãO



Talvez seja a coerção, ou o medo, ou o vir-a-ser um ridículo é que leva a maioria das pessoas a seguirem certas tradições.
A tradição é algo imposto, isso é óbvio. Mas quem tanto será que reflete sobre ela?
Desde crianças aprendemos que devemos seguir tradições. Nossas vidas é uma grande tradição.

E O DITADOR DO MUNDO DISSE: - Você tem que nascer, se vier com o órgão masculino então você deve ser macho, se vier com o órgão feminino mulher será. Depois você entra para a escola, porque tem que APRENDER pra poder ser "alguém na vida". Deve estudar e estudar porque terá um futuro brilhante. Depois que acabar a escola se mate para conseguir entrar no curso de medicina, direito, engenharia ou algo que dê muito dinheiro, porque nesse mundo, my son, quem não tem dinheiro se fode! Ok, depois disso tudo você DEVE ENCONTRAR ALGUÉM E SE CASAR, porque só quem é casado é que pode construir uma família e FINALMENTE ser feliz.....

onde? na velhice? Ha-ha-ha!

Quem nunca quebrou uma tradição tem o dever de ser feliz? E quem quebra tradições, pode ser feliz?

Dividirei aqui uma historinha com meus poucos, porém únicos, raros e caros leitores.
Quando eu tinha mais ou menos uns 4 ou 5 anos de idade, eu estudava numa escolinha infantil, claro, em frente a loja dos meus pais. Como qualquer criança, no meu caso ja muito sistemática, eu tinha manias. Uma das maninas mais famosas, considerada um vício, é chupar chupeta (aquela maldita borracha que zuou todos meus dentes a posteriori). Logo, um belo dia perto do natal minha chupeta resolveu simplesmente desaparecer. E eu fiquei sem sustentar meu vício naquela tarde. Para mim foi uma perda irreparável! Sem poder me expressar e ja com abstinência de chupeta, resolvi transcender. Algumas crianças tem dificuldades com transcendência e eu fui uma delas. Simplesmente ao inves de somente gritar, eu "dimuli" a escolinha. Destrui a árvore de natal, joguei as cadeiras para fora da sala e me lembro muito bem de uma guria que me ajudou, porém somente eu fiquei com a culpa toda. Enfim, fui expulsa da escola e até hoje NINGUÉM me perguntou o motivo de eu ter explodido e quebrado uma certa tradição que impõe às crianças da não-transcendência "fica quieta menina chata, eu tô ocupado!"

Escrevendo isso tive uma epifania. Será que foi nesse episódio em que decidi fazer filosofia e quebrar a tradição da falsa felicidade? UOWWW :D

Enfim... por hora é isso. Movimento diga não à tradição e busque sempre transcender!

Na foto pra que não sabe é do filme Sociedade dos Poetas Mortos. Um dos maiores exemplos de quebra de tradição e represão depois desta.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Esquece a Filosofia agora!



"Esquece a filosofia agora, vamos falar de realidade"

Pasmem, mas foi isso o que eu ouvi ontem de um professor durante a aula óbviamente do curso de filosofia.

Aaaaaaiiiiiii alguém me explica como que faz pra esquecer a filosofia! É o mesmo que dizer "para de pensar nesse momento" ou então "não pense em nada"...

Então tá, vamos lá. Vamos parar de pensar, de criticar, de criar, de refletir, de sonhar... vamos todos, comigo, vai vai vai... vamos concordar com os conceitos, vamos nos tornar exatos, quadrados, metódicos, cartesianos, sistemáticos etc etc etc vaquinhas de presépio, gados etc etc etc >.<

COMO QUE UM PROFESSOR TEM CORAGEM DE DIZER ISSO À UM ALUNO? COOOOOOOOOMO?
Agora, como que UM PROFESSOR se atreve dizer isso à um aluno de FILOSOFIA????

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Inclusão?



Tá... inclusão. WHATAHELL?

É, eu tô revoltada mesmo! Ontem teve prova de LIBRAS. Pra quem não sabe libras é a língua brasileira de sinais. Agora os cursos de licenciatura são obrigados a ter a matéria libras por causa da tal da inclusão social e blá blá blá.

Tá, agora eu me pergunto, será que os surdos curtem essa tal de inclusão? Será que não seria mais proveitoso para eles estarem em uma escola onde necessariamente aprendessem os conteúdos somente em libras?
O próprio professor de libras do nosso curso disse é contra essa "inclusão" (ô palavrinha chatinha de se trabalhar, não?). Ele disse que ja tem muitas pesquisas que comprovam que os surdos se desenvolvem mais em escolas especializadas... mas NÃÃÃOOO... no Brasil é tudo feito de ponta cabeça mesmo. AAARRRGGHHH!!! >.<

Ok, então preparem-se futuros professores, agora na grade de licenciatura entrará: aulas de árabe, caso haja algum aluno muçulmano; aulas de meditação, caso você tenha que ter paciência com um aluno autista; aulas de braille, para direcionar seu aluno cego; mandarim, para poder corrigir as provas dos orientais; ainda incluirá aulas de mímica para poder se comunicar com alunos surdos, mudos, alejados... e por aí vai...

Podem me julgar e me chamarem de preconceituosa, anti-inclusão ou algo assim, mas o que as pessoas não entendem é que estão jogando todas as responsabilidades nas mãos dos professores... eles que se virem!
A escola ja deixou o seu papel a muuuuito tempo... agora a nova moda é fazer campanha... campanha da inclusão, dos direitos RACIAIS, campanha do piolho e por aí vai...

Não gostou? Pega eu :P

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Gagagagaga...



Hoje acordei meio sapo boi azul, as vezes.
Um cavalo-marinho me recebeu de braços abertos e me serviu o café-da-manhã.
Pensei que ele quisesse me envenenar.
Comi e satisfeita fui até à casa de abacaxi. Tão áspera me deu náusea.
Será mesmo que era veneno?
Um fungo se manifestou na raíz de uma árvore debaixo d'água. Ele queria me devorar.
Mas poxa, ele era verde e eu meio azul. Será que combina?
De repente dois camarões travaram uma batalha. "E agora?", me perguntei, poxa vida! Ficamos todos vermelhos depois, droga!
Eu gostava de ser azul, mas vermelho me caiu muito bem.
Revoltada com a luta e agora de vermelho, me deu uma vontade súbita de derrubar a casa de abacaxi que me deu náusea.
O que costuma me dar náuseas eu costumo matar.
Mas seria mesmo o abacaxi ou o cavalo-marinho?
Ja sei, vou matar os dois, ja estou vermelha mesmo, nem vai fazer diferença!

*Isso (acima) ou a água ferve a 100 graus celcius?