segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sentido?



SEM TER TIDO.

Ansiedade de escrever por escrever.
O poder de vomitar pensamentos sem vírgulas, interrogações ou ponto final.
Sem se preocupar com a técnica, fala, métrica, rima.
Aquela transcendência buscada através da arte de se expressar por letras.
A ausência de silêncio e pensamentos que escorrem.
O bloqueio de passar tudo para o papel, e passar... e depois ver que saiu tudo diferente.
A sensação de não entender ... e entender, porque tem que ser.
Pode não fazer sentindo. Pode nem ter um por que.
Isso, só EU vou saber.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Mãe, me engole de volta?

Taaah dah!
Baseando-me em meus comentários (e os comentários alheios) do blog da Bruna "arteira ou artista", resolvi fazer esses versinhos sem eira nem beira (nem métrica e com rimas pobres).

Amanda, Bruna, Dinho e Bigode, vocês estão encarregados da melodia (se der) para fazermos um samba :)
[mas eu quero nível Chico Boarque hein, sou exigente, râm! haha]



Mãe, me engole de volta?

Por que tem que ser difícil
Viver, conquistar, ganhar, comprar
Vender
E compreender que a solidão
Só te faz crescer?
Mãe, me engole de volta?
Por que eu tive que nascer
Viver, aprender, amar
Alcançar, buscar e cansar?
Mãe, me engole de volta?
Por que eu sinto essas coisas
Que meu coraçãozinho se espreme
E eu fico tão, mais tão ansiosa
Que meus dedinhos até tremem?
Por favor, mamãe, me engole de volta ...
eu não aprendi a ser gente.


ahhh falae, no mínimo ficou bonitinho, vai :P

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Que pampa é essa?



Eu não gostaria, mas estou muito desanimada.
Estava agora de pouco conversando com uma amiga muito querida que acabou de se formar em história e foi tentar a vida em Curitiba.
Ela ja foi em várias escolas, entregou curriculum, fez entrevistas... e até agora nada. Ela me disse com essas palavras: "dá vontade de enfiar o diploma no cu". O máximo que ela conseguiu até agora foi um emprego de vendedora numa loja de roupas (não desmerecendo de forma alguma essa profissão, por favor).

Isso me desanimou tanto tanto (ainda mais porque estou no último ano de licenciatura em filosofia). O governo fica fazendo propagandas na TV pra que você se torne um professor, aí você se torna e o sistema te fode, te mata de sede, te prostitui... e aí, COMOFAZ?

Eu gostaria de ter uma receita pra tudo no mundo, mas ninguém tem né... o problema é que devemos tentar lidar com essas situações, porque isso não mudará amanhã e nem depois... se mudar pra melhor demorará certo tempo, se for pra pior então pode ser daqui a 5 minutos =/

"Sem motivos, nem objetivos, estamos vivos e é tudo... é sobretudo a lei, dessa infinita highway..."

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Se expressar "bonito"



Oi.
Pra variar eu tô revoltada.
Por que nós, acadêmicos, temos que escrever ou falar bonito?
O academicismo é uma merda. (vide wikpédia...rs)

Não podemos achar, temos que dizer "eu penso".
Não podemos coloquiar, temos que ser na norma culta atual da língua portuguesa.
Não podemos colocar nossas ideias em um papel sem que seja embasado em algum autor >.<
Você pensa, se expressa e quando vai ver algum candango ja fez tudo isso... de forma diferente, eu sei, mas fez. Isso me frustra MUITO!

Semana passada eu estava conversando com dois amigos que me inspiraram no assunto que quero tratar nesse post.
Ele faz biblioteconomia e ela é formada em administração e está cursando pedagogia.
Ambos com a mesma opinioão.
Ele diz que se sente muito mal na faculdade, pois ele pensa, lê, entende de uma forma e se expressa da sua maneira. Contudo, ele se sente "burro" comparado aos amigos de sala, pois eles se expressam de forma, digamos, "científica" e ele não... ele simplesmente é... e isso pra academia tá errado, você tem que ser um cientísta, alguém que lê muito e "fala bonito". E ela, que fez seu trabalho de conclusão de curso a pouco tempo diz que não serviu de nada falar e falar "bonito", pois não usa isso no dia a dia.

Eu, como futura professora de filosofia (só mais um ano, uooow!), me pergunto o motivo pelo qual somos forçados pela academia a "se expressar bonito" sendo que nossos alunos não vão entender na hora em que eu disser "porque a hermenêutica do mundo hiperurâneo é uma dialética de blá blá blá"...
Vivemos numa sociedade que não é intelectualizada e, pra mim, temos que falar a língua dela e não nos restringirmos a uma linguagem rebuscada em que os demais, a não ser os acadêmicos, não vão entender.

Eu me sinto analfabeta lendo Foucault

Eu tô cansada de toda essa merda que se fala na academia... de todo esse blá blá bla "bonito" e sem sentido... eu quero entender e não precisar andar com um dicionário na mão.

ACREDITO QUE ERRADO É AQUELE QUE FALA CORRETO E NÃO VIVE O QUE DIZ



ZALUZEJO, pra quem não conhece é uma música do O Teatro Mágico que fala dessa linguagem não-intelectualizada da sociedade (não da sociedade acadêmica)


Aqui, pra quem ainda não viu, O BONDE DAS CABEÇUDAS. Uma forma divertida de aprender e não precisar ficar "falando bonito".