segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A covardia que se foi

A covardia que se foi, a coragem que você me devolveu! As chaves que perdi, O carinho que você me remeteu. Gosto quando me olha e quando sorri pra mim. Quando tenho que andar uma estação a mais pra te encontrar. De passar horas no aperto do transporte e não reclamar. Gosto da sua preocupação, de me ligar, querer me ver, sua atenção! O jeito de se importar e entender que tudo vai melhorar. Gosto do que me faz sentir, De estar boba assim. Gosto do jeito que pensa, como se expressa, como se desajeita. Gosto da sua imaginação e dos seus planos. Admiro sua história: seu presente, passado e (do nosso) futuro, da maneira que leva a vida, E de como que se tornou maduro. Gosto de pensar que eu tinha que te encontrar, que tudo que eu sempre quis não ficou só na imaginação. Que caminharemos juntos assim, sem muita preocupação. Gosto de como nos tornamos essenciais um para o outro, trilhando nossos destinos, eu continuando a esquisita e você meu bobo querido! Espero que goste desses versos simples, sem métrica e cheio de rimas pobres. Veio do coração de uma donzela destinado a um grande nobre :)

terça-feira, 14 de maio de 2013

Escolhas e bolhas

As escolhas que fazemos em nossas vidas muitas vezes nos surpreendem. Todos os dias temos que escolher: posso abrir meus olhos, levantar da cama ou posso continuar de olhos fechados e dormir mais um pouquinho. Bom, eu escolhi levantar da cama. Por que fazemos essas escolhas? Somos condicionados a sermos livres, já dizia Sartre. Nos esbarrando com as oportunidades o tempo todo, cabe a nós acatá-las ou não. Sair da zona de conforto, eis o lema que me perseguiu. Há 5 meses saí dessa zona. Não me arrependo, mas confesso sentir que elas são como bolhas. Uma escolha frágil que te deixa frágil e que se você não cuidar, ela estoura, se desmancha no ar. Não houve um dia em que eu passei sem refletir as minhas escolhas. E que escolhas que nós fazemos hein, ficar longe de quem a gente ama, na minha opinião é a que dói mais. A distância! Definitivamente dói demais falar disso. Estar longe de quem amamos é muito difícil, mesmo sendo mais perto do que imaginamos. É claro, basta um toque no celular ou uma chamada pelo facebook, estou ali falando com minha mãe ou meu pai. Mas e depois que a conversa acaba? E o vazio que fica? Mas paro e penso: eles estão vivos e isso basta! Passei algum tempo bem perto destas pessoas que amo mais que o impossível. Neste tempo eu vivia pensando: que vontade que sinto de sentir saudades. Agora que sinto saudades, penso: como eu não queria sentir essa saudade tão dolorida. É a tese, antítese e síntese da vida cotidiana: o querer e não querer. Talvez eu esteja fazendo drama demais com essa situação. Mas sou leonina cartesiana, vim pra esse mundo para torná-lo uma cena dramática onde sou a personagem principal. E na minha peça de teatro da vida, eu procuro transcender e pensar que se estou aqui agora é porque algo de melhor - que provavelmente vou escolher - vai acontecer. Não sei, mas nunca consegui pensar em acaso. Não é por acaso que existimos. Não é por acaso que a Terra gira em torno do Sol. Sejam essas teorias físicas ou espirituais, eu acredito que o acaso é um menino bobo com inveja do destino. Também não acredito muito em destino, ele só sente ciúmes do acaso e quer nos condicionar. Mas condicionados ou não, eu prefiro acreditar que nós temos escolhas. E a escolha é uma menina que anda de bicicleta pelas avenidas de São Paulo, rindo de todos aqueles que não a enxergam. Resolvi enxergar a minha escolha e quer saber? Ela é muito travessa e me faz chorar quase todas as manhãs. Se você encontrar a escolha passeando por aí, faça amizade com ela pra que ela não te pregue uma peça. Mas se a peça for de teatro, não seja coadjuvante, tome todas as rédeas e busque os sorrisos, por mais difícil que seja.