terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Existencialismo no Aquário



Viagem com a família e em um desses dias por volta do final de 2011 e começo de 2012 eu fui parar no aquário de Santos.
Nunca tinha ido em algum aquário (mas é claro que já tinha visto animais em aquários), fui certa vez quando criança em um zoológico, mas dessa vez tudo soou de maneira estranha.
Ao chegar no aquário, aquela fila quilométrica. Muitas crianças, inclusive uma delas me acompanhava. Gritos, choros, espera, espera, sol, mais espera.
Entramos. Muvuca. Peixes, muitos deles, tubarões, tartarugas, animais. "Olha mãe", "aaahhhh (grito), uma tartaruga".
E os animais? Por mais acostumados que eles estejam, vi alguns assustados.
Crianças batendo nos vidros, gritando, querendo que o bicho fizesse alguma piruleta pra que pudessem bater uma foto.
E eu? Eu paguei pra ver animais sendo torturados por fleshs de máquinas fotográficas. Eu sei que os biólogos tratam muito bem desses animais e eles estão acostumados com isso, mas a questão aqui não é essa.
A questão aqui é a minha imaginação e a minha náusea.
Naquele lugar eu tive uma visão. Vi alguns extra-terrestres abdusindo alguns seres humanos. Chegando em Marte eles pegaram esses serem humanos, deram ração para eles, colocaram-os em jaulas e depois ficaram batendo nas jaulas, tirando fotos, gritando estéricamente para que os humanos fizessem alguma travessura para que eles pudessem filmar e mostrar para outros ETs como é legal pagar para ver humanos em jaulas.
- "Até quando isso será considerado diversão?", disse um ET existencialista, e os outros responderam "até quando houver ETs pagando para ver humanos em jaulas".

FIM