quarta-feira, 8 de junho de 2011

Teorias e blá blá blá



Não façam filosofia
Ou qualquer coisa que te faça pensar.
Não pense, seja feliz!
Se fosse tão fácil assim,
O que seria de mim?

Falar é fácil
o difícil é ser ágil
Muitos ja tentaram
Mas poucos hesitaram.

Platão, Heráclito, Sócrates
Sartre, Heidegger, Aristóteles
Galileu, Copérnico, Sófocles
Newton, Adorno e John 'muito' Locke.

Aqueles que agiram
meus sinceros comprimentos
Aqueles que apenas teorizaram
Meus pêsames sem defeitos.

Para quem ainda sonha
Parabéns, pois é preciso
Freire deu certa luz
Mas sozinha eu não consigo.

Quem tem vontade
Venha com nós
Mas não vá só até metade
Ergua a voz
Abrace as teorias
Faça acontecer
Sonhe com metodologias
Não dê ouvidos à desistências
Corra forte e sem demência.

PENSE
RESISTA
CAMINHE
SONHE... SONHE... SONHE...

Ai de mim, UTOPIA! Ai de mim.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O Elogio da Loucura



Algumas pessoas hesitam a felicidade.
Certo sábado após assistir o curta “La belle verte”, eu, minha amiga Aline e o namorado dela, meu amigo Lucas, tivemos uma epifania.
A Aline pediu para que eu a pintasse de clown, pois era algo que ela sempre quis fazer, mas que nunca tinha coragem e oportunidade. Nisso o Lucas se animou e começou a se pintar também. Depois me convenceram a me fantasiar e pronto, lá estavam os três clowns felizes num sábado nublado.
De repente resolvemos sair na rua pra ver a reação do público. Quem esperaria ver três palhaços rindo durante um sábado em pleno horário de jogo?



Fomos até a padaria mais próxima e para nossa surpresa somente quem estava trabalhando lá foi quem nos deu atenção, sorriu, interagiu... a maioria das pessoas nem perceberam nossa presença e algumas ignoravam. Ver o jogo naquele momento, para alguns, era prioridade. Pra que rir com um bando de retardados que entraram numa padaria todos fantasiados? “Sai da frente, seu louco, eu quero assistir o jogo, porra!”, foi o que ouvimos dos clientes do local.
Não satisfeitos, fomos até o mercado mais próximo que por sinal é pertinho da padaria (aqui tudo é perto).




E, chegando lá, para nossa surpresa, fomos ignorados por todos que estavam trabalhando, com uma rara exceção: o segurança do mercado saiu correndo atrás da gente, nos abraçou e disse: “o mundo precisa mesmo é de mais alegria, obrigado pela visita”. Nossa! Só essa frase e a atenção dos demais já valeu muito apena ter feito esse teste de “ver a reação das pessoas num sábado nublado”.
De uma coisa sabemos: John Lennon nos deixou um legado, só com amor se construirá amor, só com sorriso receberemos sorrisos. É gradativo, não é amanhã que mudaremos o mundo, o sorriso de um palhaço é tão sincero quanto de uma criança que acabou de comer um bolo de chocolate.
All you need is love... it’s so easy, the love is all you need!



Seriam os loucos aqueles que são emancipados? Quem é livre? Por que não rir do ridículo? Por que não ser ridículo?

Não hesitem, sejamos felizes! É tão fácil :)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O melhor jeito de morrer



Texto extraído de um e-mail particular.
Uma reflexão sobre a morte :)


É claro que ninguém quer morrer, mas mesmo assim o assunto surge nas conversas, as piores e as mais amenas formas de passar dessa pra melhor.
Curioso como quase todos entram em acordo quanto às maneiras mais angustiantes de esticar as canelas: sempre mencionam "afogado", "quimado", "soterrado", além de algumas formas de asfixia. Alguns ainda mencionam que estar num prédio em chamas, prestes a desabar, e ter que saltar de lá de cima é pouco atraente.
Mais engraçado ainda como o consenso sobre a melhor forma de bater as botas é ainda maior! Nunca ouvi alguém dar uma resposta diversa de "morrer dormindo".
Nunca gostei disso... Sempre achei que abotoar o paletó de madeira dessa forma te privaria de passar alguns últimos minutos com alguém querido. Considerava muito interessante a ideia de pular do prédio em chamas; sentir uma última emoção antes de me espatifar no chão. E pularia fazendo pose de Superman!
Mas...
Na quinta-feira passada meu avô teve um treco aqui em casa. Diagnóstico: infarto agudo do miocárdio. Sorte que tinha gente em casa. A ambulância chegou bem rápido; se não, nem precisaria ter vindo... Enfim, ele escapou. E nunca vou esquecer do que ele me disse no pronto-socorro: "Pensei que eu não fosse chegar...". Foi um tremendo susto, uma correria pra conseguir vaga na UTI e, no dia seguinte (sexta-feira), meu avô foi internado em Praia Grande.
Na UTI só eram permitidas quatro visitas por dia. Minha mãe e minha avó eram presença obrigatória, pois estavam monitorando o estado do velho. No sábado minha tia-avó veio de São Paulo ver meu avô, então eu não pude ir. No domingo, finalmente, depois do choque inicial, pude ver meu avô. Meu irmão e eu demos um jeito de burlar a segurança do hospital para que seis visitantes entrassem na Unidade.
Meu avô estava fraco, mas já sem aparentar sofrimento. Não olhava nos olhos, não sei por que motivo, e não sorria, acho que por causa da dor. Só falava, com a boca entreaberta. Conversamos por alguns minutos, comentamos o susto que ele tinha me dado, de como ele estava sendo bem tratado...
O velho sempre foi livre. Não havia camiseta que o prendesse, não existia peixe que ele não pescasse, goiaba que ele não apanhasse, casa que ele não construísse... Aquela gaiola não era lugar pra ele...
Então ele começou com um papo estranho. Achei desagradável na hora... Dizia que ele já tinha vivido a vida dele e que eu tinha que viver a minha, que tinha cuidado de mim por toda a vida e eu só tinha dado alegria a ele, que não devia me preocupar. Eu retruquei: como é que eu podia não ficar preocupado? Eu ainda iria dar muitas alegrias pro velho! Logo ele estaria em casa de novo, preparando as coisinhas dele pra pescar... Era a minha vez de cuidar dele. Além disso, ele ainda iria conhecer os bisnetos dele!
Nesse ponto da conversa ele sorriu... Por um segundo ele sorriu. E eu solucei. Quase chorei de alegria por poder proporcionar uma alegria ao meu avô, um vislumbre agradável de um futuro em que ele participava.
Não me lembro do resto da conversa...
Dia seguinte, fui de novo até o hospital. Meu tio-avô tinha ficado de aparecer por lá, mas quando chegamos ele não estava. Minha avó e minha mãe entraram, como de praxe. Depois que as duas saíram, comemorando a rápida recuperação do velho, que lhe garantira alta da UTI para o próximo dia, perguntaram se eu não queria ver meu avô um pouco. Eu falei que não, que meu tio, qeu vinha de São Paulo, poderia chegar depois e acabaria perdendo a viagem. Eu, como moro mais perto do hospital e já havia visitado meu avô, poderia vê-lo num outro dia. Além disso, contava com a melhora de seu estado de saúde.
Hoje, como vinha acontecendo há alguns dias, minha avó e minha mãe rumaram para o hospital. Eu não quis ir... Simplesmente não quis. Fiquei em casa estudando.
...
Ouvi o carro estacionando, duas horas mais cedo do que deveria. Daqui de dentro de casa, da sala, dava pra ouvir os gritos da minha avó. Pensei o pior... Pensei o melhor... Afinal, ela berra por tudo! Devia ser só mais uma discussão. Fui ver o que era.
Não era uma discussão...
Saíram do carro apressadas, minha avó aos prantos, os vizinhos se aproximando pra ver o que era. Berrava, vermelha, sem sair som: "Ele morreu!".
Já com alta da UTI, meu avô pediu para o médico deixar que ele se sentasse um pouco numa poltrona. O médico atendeu ao pedido. Sentado, o velho começou a sentir cansaço e pediu pra voltar para a cama. Teve outro infarto. Desta vez não teve socorro que bastasse.
Toda essa história serve pra eu chegar à minha conclusão: qual a melhor maneira de morrer, na minha singela opinião. Não sou a pessoa mais indicada para dar lição de moral, odeio filosofia barata, não suporto mensagens bonitinhas que saem aos montes com a extensão .pps.
Descobri que, para mim, o ideal seria que, num belo dia, a gente percebesse que o corpo está cansado e, com alegria e sem dor, se despedisse de todos os que fossem sentir saudade. Uma despedida com a ciência de ser a última, mas que não causasse angústia, já que feita de modo ameno. Assim seria fácil partir em paz.
Mas a realidade é um pouco diferente. A morte vem com dor, sem pressa...
Mas meu avô teve a melhor morte do mundo. Ele teve tempo para perceber que estava chegando a hora dele, de aceitar isso, de rever algumas pessoas e de se despedir. Aquele papo estranho, embora eu me recusasse e desconversasse, era a despedida dele. Aposto que ele teve paz, que eu não tive, já que não aceitei o momento que ele entendeu ser oportuno para o adeus.
Também não sou fã de "e a moral da história é...", mas acho importante destacar isso: durante o tempo em que meu avô esteve internado eu desperdicei algumas oportunidades de vê-lo (isso sem contar nas inúmeras durante a vida...). É um erro que não pretendo cometer de novo.
Bom... Esse e-mail teve um fim e um final que eu não esperava. De qualquer forma, aí vai meu desabafo e - quem sabe - uma contribuição.
Té mais!

ps: um beijo pro Renan ^_^

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Eu não entendo o comportamento humano



Na maioria das vezes eu não entendo nadinha do comportamento humano que penso que seria melhor se eu fosse um robôzinho programado. Será que eu sou? Quem garante que não?
Sabemos que existe a tal subjetividade, ou então a "qualia" que a filosofia da mente tanto fala, mas o que identifica o comportamento humano? Pra que comportar-se? Por que somos identificados por nossos comportamentos? Será que nossos comportamentos diz mesmo aquilo que somos, ou seriam apenas mais uma máscara social?
É lógico que o comportamento não é objetivo, porém existem várias receitas de como se comportar em determinados locais.
Por que algumas pessoas te forçam a se comportar de um jeito que você não quer ou como você não é?
O que leva um cara dizer que é teu amigo, agir como teu amigo, conhecer sua família porque é seu amigo, aí você pede respeito e consideração de amigo para com ele e numa bela noite ele resolve usar drogas e inferniza sua vida gritando enquanto você dorme (doente)??? Why, lord, why?
Comportar-se é difícil, ainda mais quando envolve um outro mundo, um outro alguém.
Nascemos programados socialmente, mas e subjetivamente? Deveríamos, poxa! Assim eu não esperaria muito dos outros... ou esperaria.
Oh eterno desencontro. Oh eterno caminho do meio. Oh vida, oh azar!

Eu, definitivamente, NÃO ENTENDO O COMPORTAMENTO HUMANO.

terça-feira, 5 de abril de 2011

envelheSENDO



O tempo passa
Você olha para trás
E se depara com o que deixou
e com o que não deixou.

Olhar para suas mãos e ver que ela está cheia de rugas, de marcas do tempo... mas como ela era há algum tempo atrás? Limpa? Lisa? Macia? Quantas lembranças marcam suas mãos.

O que levar da vida? (partindo do pré-suposto de que se leva algo)

Bato o pé, o que vamos levar por toda nossa existência até que a morte nos separe é a convivência que temos, ou não temos, com as pessoas. As relações umas com as outras.
Então, sendo assim, não nos resta mais nada a não ser tolerá-las?
Não não... devemos ter paciência com os mundos subjetivos alheios, pois são esses que nos lembraremos, quando não estiver mais ninguém que possa nos segurar nessa vida.
Morre-se, é a lei, isso não dos dá escolha... nem nascer, nem morrer. Então o que resta é viver... e viver bem e em paz só depende de quem?

NA FOTO: Chaplin em "Luzes da Ribalta", na cena em que ele está cuidando da bailarina que tentou suicídio. Perfeito, como sempre :)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Admiro o que há de lindo e o que há de ser vocês



Qual é o sentido da vida?
O que você faz pra sua vida ter sentido?
O que provoca suas frustrações?
Pra que idealizar uma utopia?
Pra que pensar?
Pra que lutar por uma causa?
Pra que tantos porquês?

Tá aí algumas reflexões que eu fiz analisando o trabalho realizado durante 22 meses na cidade de Andirá, interior do Paraná, com o projeto de extensão Universidade Sem Fronteira, grupo Teatro: instrumento de reflexão histórico-crítica, interação social e prática pedagógica. O que esse projeto me fez? TUDO! Fez eu ver que vale a pena SIM acreditar num ideal que pode se transformar em algo não-utópico.

A ARTE... ai a arte! Algo que nos transcende e nos faz acreditar no princípio de temperança que um dia a gente alcança... hahaha :D

Segue abaixo um poema (estilo cordel) que eu fiz na pegada da estética do orpimido, resumindo em versos esses 22 meses com esse belíssimo projeto.

O B R I G A D A !

Em 2009 foi quando tudo começou
Com o pessoal da UENP
O projeto se consagrou
Fazendo Teatro com a mulecada
Nosso ano deu uma disparada.
Histórias da Praça de Ingá
O nome a peça se deu
E no final do ano foi onde tudo ocorreu
Com aplausos e sorrisos
Tudo ficou um tanto colorido.


No ano de 2010 voltamos com a força toda
E a mulecada de Andirá ficou toda boba
Com risos e saudades
Nós íamos teatrando com vontade.
Augusto Boal foi nosso maior professor
Estudamos direitinho suas teorias com muito amor.


PRÓ-JOVEM um desafio nos lançou
E o pessoal de Jacaré todinho gostou
E uma peça coletiva foi lançada
Para mais uma vez a alegria da mulecada.
Extra Exta: verdades e incoveniências
Era um nome sério e sem demência
E a mulecada deu um show
E o público aprovou, uooow!.


Saudades agora todos sentimos
Mas nosso maior objetivo foi atingido
Olhar para galera e ver que foi bem feito
Nosso maior orgulho desse jeito.
Teatro se faz com o coração
E que dádiva poder possuir tal emoção.
Felizes e unidos, a gente vai seguindo
Pulando, dançando e teatrando.


Foto tirada após a estréia da peça "Extra extra: verdades e inconveniências".
VOCÊS SÃO MEU MAIOR ORGULHO :D

sábado, 12 de março de 2011

E eu aqui, no nosso velho e querido banco, POR QUE?



A praça é nossa!

Quinta-feira eu tive quatro aulas tensas na facul, 2 de ciências políticas e 2 de filosofia da mente. Chegando em casa eu precisava demais me alienar, encher minha cabeça de "merda" pra ver se relaxava a mente e conseguia dormir.
Diante disso, postei a seguinte frase no facebook "preciso me alienar, vou ver a praça é nossa".
Duas pessoas se manifestaram contra, dizendo que ver tal programa de humor é apelação e que eu deveria assistir "todo mundo odeia o chris", mas poxa, numa quinta-feita prestes as 0:00 não estava passando tal seriado. Uma outra pessoa disse que gosta muito desse programa e que o considera um dos melhores programas de humor da TV brasileira.

Pois bem, eu penso que ambas as opiniões são válidas, pois todos tem o direito de se expressar. Porém a pessoa que se manifestou a favor do programa se sentiu ofendida quando viu que a crítica havia usado a palavra "apelação". Tal pessoa tem também TODO O DIREITO de não gostar de algum comentário.

Agora, o meu ponto de vista é:
Eu uso a palavra "apelação" meio que pra qualquer coisa, não sei das outras pessoas, mas eu apelo muito... apelo à tv, a net, a seriado, apelo à jogos, à conversas e até mesmo me pego falando sozinha com alguém que nem sei... mas por que? Porque essa é uma forma de transcender, esvaziar a mente, relaxar. Foi uma maneira que encontrei, diante ao meu estado vigente para poder abstrair.
Contudo, que fique claro que eu entendo o motivo pelo qual a pessoa não gostou do uso de tal expressão, ela tem esse direito e ja conversamos sobre isso. Mas, por outro lado, também penso que as pessoas tem o direito de se expressar contra, mesmo sendo radical, porque as vezes é o único modo que ela encontrou no momento e julgou ser certo. Mas que fique claro que esse "radical" que expressei inclui em não ofender ninguém, afinal, ninguém ali quis ofender e isso ficou explicito.
Maaaaaaas, como ja foi citado nesse blog antes, A LINGUAGEM É UMA FONTE DE MAL ENTENDIDOS, isso é inevitável.

Programas de humor da TV brasileira realmente deixam a desejar, tem gente que gosta, senão não estaria no ar. É como ir a um jogo de futebol, algumas pessoas só conhecem essa forma de transcendência e não nos cabe julgá-las a priori com a nossa visão, afinal, ninguém = ninguém. Tudo deve ser muito bem expeculado e coerente nos seus "míííínimos detalhes".

"A PRAÇA É NOSSA", confesso, assisto com frequencia. Tem muito ator bom lá que escreve seus textos, assim como também tem bunda e gente ruim, mas isso tem em qualquer lugar, né?! Vai de cada um saber filtrar. Assim como "Zorra Total" também pode parecer uma merda, tem atores que brilham fora dali. E até mesmo "Pânico na tv" que é um poço de cultura inútil, pode te fazer rir num domingo a noite quando você está a toa e não consegue mais pensar em nada de útil.
Não estou defendendo a TV no status quo, mas ja que isso tudo existe, estou tentando abstrair um lado bom disso tudo. É um tanto subjetivo, pensando bem, pois pra cada ser o efeito da tv é diferente, né?!

Não só de inteligência vive o homem. Não estou dizendo que as pessoas que assistem tv são burras, não não, mas tudo vai da forma como elas interpretam essa ação e tais programas. Tudo vai da cultura e da questão de valores de cada um.

Enfim, saibamos filtrar, e divirtam-se com moderação :)