segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Desabafo de uma náusea



Uma das minhas maiores aprovação nesse mundo foi aprender a conviver comigo mesma. E como é difícil existir e sobreviver nesse mundo, ainda mais, como é difícil existir e ter que conviver com você mesmo.
Você olha ao seu redor, vê milhões de pessoas e todas elas sozinhas no mundo, tendo que fazer suas escolhas e aprender a conviver com a responsabilidade de existir.
Algumas pessoas “afins” até se juntam, convivem, se gostam... mas serão sempre sozinhas...
Por mais que as pessoas sobrevivam juntas, com sentimentos que as entrelaçam, é sempre você que toma a sua decisão, você carrega o fardo de ser livre pra escolher ou não escolher (que não deixa de ser uma escolha).
Aquelas pessoas um dia vão morrer, outras aparecerão, mas você e, somente você, é responsável pela sua vida, por suas companhias e pela sua solidão.
E como dói sentir o peso dessa responsabilidade de viver.
Como dói sentir o peso da solidão e a causalidade desta.
Por mais que nesse momento eu esteja pensando assim, eu não quero que meu coração se torne frio e quebradiço. Mas qual é a receita pra que isso não ocorra? Depende de você? Não! Depende só de mim... e ai como isso dói.
Seria mais fácil ser um robô, seria mais fácil não ter que pensar, seria mais fácil não sentir.... PENSAR ENLOUQUECE!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Bruxas dançam na fogueira



Cinza é o nome desa música do Engenheiros do Hawaii (sei que muita gente odeia engenheiros por causa do CHATÃO do Humerto). Essa música resume bem o assunto que quero tratar nesse post.

O mundo é teu umbigo?
Você é um universo?
Mas e os outros?
E a história? E o passado? E o futuro?
É tudo você ou tem mais gente por aí?

Atenção na música na parte em que o Maltz diz:

vamos visitar o passado
mundo distante, passado muito além
onde a pessoa não valia pelo que ela é
só valia por aquilo que ela tem
vamos assistir ao naufrágio
de um Titanic pesado e frágil
que foi à pique sem dó nem piedade
pela febre da ganância, pela falta de humildade
vamos perdoar aquela gente
que não soube enxergar um pouquinho na frente
e secou tudo até a última fonte
queimou a floresta, matou a semente
vamos celebrar a nova civilização
que nasceu da destruição
e já nasceu cuidando bem
pra não ter que aprender perdendo tudo, também


E por hoje é só isso que eu tenho pra falar.
Angústa por existir.
Poxa!

ps: hummm aprendi a por vídeos aqui :B

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Rafael ou Marcelo?



Era Rafael ou Marcelo o nome do cara que me deixou com essa revolta toda?
Bom, não importa mais, o que importa é que preciso abstrair essa revolta. Vamos aos desabafos diários e sem muita cerimônia.

Estava eu acompanhando uma amiga muito querida na busca de seu vestido de formatura. Diga-se de passagem que eu não me importo muito com isso, mas para ela isso é importante e a minha opinião, naquele momento, para ela tinha certa relevância.
Entra e sai de loja em loja, cores, muitas cores, todos os tipos, experimenta, gosta, não gosta... cansaço, sono, impaciência...
De repente, olha lá mais uma loja, vamos. E fomos.
Devia ser um tal de Marcelo ou Rafael, calça preta, blusa vermelha, cabelo moicano e sapato social.
ele: oi posso ajudá-las.
amiga querida: sim, é minha formatura, queria ver alguns modelos de vestido.
ele: e onde será sua formatura?
amiga querida: mas isso tem relevância?
ele: claro que tem, dependendo do lugar é algo diferente.
eu: (balãozinho de pensamento: esse cara tá dando no saco)
amiga querida: será no interior do Paraná.
ele: QUE??? INTERIOR??? Noffa baby, então você tem que usar um vestido chiquerézimo porque eu fui numa formatura do interior do MT e uma menina queria aparecer mais que a outra, juro por deus, se elas pudessem colocavam luz pisca pisca embaixo do vestido pra brilhar... toma, experimente esse rosa estilo sereia cheio de brilho.
amiga querida: mas moço, eu não gosto muito de brilho, queria algo mais básico.
ele: Olha aqui, minha filha, eu entendo mais de moda do que você. Se você não for de brilho só será mais uma dentre as outras, você tem que aparecer, é O SEU DIA. E mais uma coisinha, esse lance de você se vestir do jeito que você é não tá com nada, hoje em dia a gente tem que aparecer.

WHATAHELL??????????

Não, de boa, onde que esse VIADO (com o perdão da palavra e maior respeito aos homossexuais) quer chegar com esse assunto de "tem que aparecer e não aparentar ser quem você é"?
Não não não não... isso não entra na minha cabeça. O capitalismo é tão sugador que VENDE MÁSCARAS, porque no meu ponto de vista esse Marcelo ou Rafael queria vender uma máscara social para minha amiga... para ela poder "aparecer"... não não não não.... não aceito uma coisa dessas! Eu tô muito revoltada com esse Rafael ou Marcelo. Se ele não quer ser quem ele é o problema é dele, mas obrigar uma amiga minha (ou qualquer cliente, que seja) comprar ou alugar algo que não tenha nada a ver com ela, só para se aparecer, é o cúmulo dos cúmulos 'idióticos' sociais, bestas, fúteis e mesquinhos que eu ja vi...
Não estou de forma alguma espantada, apenas revoltada... muito revoltada. Sou completamente contra máscaras sociais e ser/aparecer para os outros o que você não é só para agradar uma massa... ou seja lá quem for.

Aqui não, bichão! Marcelo ou Rafael VIADO: VÁTOMÁNOCU!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Farolete



Certo dia minha prima estava digitando uma mensagem de texto no celular antes de dormir. Estava frio e ela cobriu a cabeça. Nisso nosso avô entrou no quarto e disse "Nossa Michelli, porque você está com um farolete embaixo das cobertas?" Nós duas caímos na risada. Pobre vovô, confundiu a luz do celular com um "farolete". Mas o que é um farolete?

Quando minha bisavó estava viva, certo dia me perguntou se as letrinhas que havia na tela do celular eram letras carimbadas. Hahahaha pobre vovó.

Diante dessas cenas, me veio a reflexão de como as coisas mudam de pressa. Isso é fato, mas ja pararam pra pensar o porquê do "velho" sempre ficar para trás? Por que as coisas antigas são exiladas e as vezes nem sabemos que elas existiram?

Certa vez eu estava com o meu pai no museu do auto-móvel e a tv record me pediu para contribuir com uma entrevista. Eu disse que gostava da exposição, pois nos aproximava de um mundo ja passado, algo que as vezes só vemos em filmes.

Mas não é aí que eu quero chegar... eu quero chegar na INTOLERÂNCIA!

Estive observando com bastante veemência algumas pessoas sem paciência brigando com pessoas "mais velhas de idade" pelo fato delas não conseguirem se adaptar ao mundo do pac man, ou seja "o come come da tecnologia".
Mal deu tempo de surgir um farolete e meu avô ja se confundiu todo... para ele celular servia somente para iluminação (meu avô é extremamente engraçado, diga-se de passagem).

Viajamos com gps sendo que colonizaram o Brasil há centenas de anos atrás, NA RAÇA! Como que aquelas pessoas ultrapassaram a serra do mar país a dentro? É muito complicado! Pra gente tem túnel, mas e pra eles? Tá aí, a tecnologia ajuda ou atrapalha no desenvolvimento humano? E olha que teve épocas em que o farolete era tecnologia de ponta!

Ai, viajei ad infinitum... 1º post do ano e uma viagem ao infinito e além pra compensar a ressaca da virada pra mil novecentos e dois mil e onze... uow!

ps: essa caricatura tem tudo a ver com o meu avô *__*

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A vida como Obra de Arte

Suponha por um momento que você descobriu ter uma doença terminal e que seus médicos afirmam que lhe restam dois anos de vida. Como você escolheria viver o tempo que ainda tem?

A não ser que você seja extremamente rico, dois anos é pouco tempo para deixar de lado seu estilo de vida atual e viver apenas fantasias. Você teria de aceitar comprometimentos. De qualquer forma, ainda escolheria ignorar o fim que se aproxima a passos firmes? Continuaria a fazer o que faz diariamente? O que está em jogo é o tempo que lhe sobra de sua própria vida. Você não iria querer viver as paixões de seu coração – seja lá quais fossem elas?

Poderia ser que você embarcasse em uma viagem rumo ao Taiti ou a Atenas ou ás Pirâmides que você sempre quis ver. Talvez você se esforçasse para escrever o livro que sempre sonhou ou tentasse deixar para trás um legado, usando a pintura, a escultura ou a música. Talvez você quisesse se mudar para o lugar onde sempre teve vontade de viver. Talvez você parasse de trabalhar tantas horas e passasse mais tempo com aqueles que ama. Ou talvez começasse a se expressar nas reuniões e dizer o que realmente pensa. Talvez você parasse de tentar acumular riquezas e dedicasse mais tempo a algum trabalho filantrópico, possivelmente comprometendo-se a trabalhar pela paz ou qualquer outra causa pela qual sente atraído.

Talvez você até mesmo saciasse o desejo insano de virar um comediante de stand up, pular de asa-delta ou cruzar o continente em uma Harley-Davidison. Qual o problema se as coisas derem errado? Você morrerá, de qualquer forma, em dois anos – mas terá vivido durante esse período.

O fato é que, naturalmente, todos nós estamos vivendo nossas vidas contra o tic-tac de um relógio. A maior parte de nós tem mais do que dois anos de vida; alguns de nós temos menos do que isso e nem nos damos conta.

De qualquer maneira, quem de nós quer chegar ao fim sem ter ao menos tentado conquistar as paixões secretas de nossos corações? O que preferiria – olhar para trás e ver uma vida sobre a qual você não teve controle algum, uma vida que fluiu por canais controlados por outros, ou viver da forma mais interessante, colorida e satisfatória, em que você possa realizar escolhas pró-ativas? Não devemos nós mesmos escolher viver nossas vidas como se estivéssemos criando uma obra de arte, utilizando quaisquer recursos que o destino venha a nos oferecer?


TILLERY, Gary. John Lennon: O ídolo que transformou gerações. (p.176), São Paulo: Universo dos Livros, 2010.

Um bom final de ano para todos com ótimas reflexões.
Como ja dizia mestre Jedi "Vá para casa e reflita sobre sua vida".

^_^

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Dândis!

As vezes o que MAIS me revolta é a mesmice do dia seguinte. Aquela coisa de acordar no outro dia e saber que será tudo igual. Mas por outro lado, talvez, a mudança do meu mundo seja a minha mudança, ou então esta mudança também seja mesmice. Ja dizia Gabriel, o pensador, "muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente, a gente muda o mundo na mudança da mente". Ou não... haha... John Lennon teve autas crises de tentar se mudar pra mudar o mundo e não ver resultado imediato. Mas não foi nas drogas que ele encontrou um resultado, nem mesmo em Ono. Isso nós nunca vamos saber. A mudança da mesmice só cada um de nós saberá um dia e em dias diferentes.

Ahh a REVOLTA!

E eu ainda vivendo entre a loucura e a lucidez!



Já não vejo diferença entre os dedos e os anéis
Já não vejo diferença entre a crença e os fiéis
Tudo é igual quando se pensa
Em como tudo deveria ser

Há tão pouca diferença e há tanta coisa a fazer
Esquerda & direita, direitos & deveres,
Os 3 patetas, os 3 poderes
Ascensão & queda, são dois lados da mesma moeda
Tudo é igual quando se pensa
Em como tudo poderia ser
Há tão pouca diferença e há tanta coisa a fazer
Nossos sonhos são os mesmos há muito tempo
Mas não há mais muito tempo pra sonhar

Pensei que houvesse um muro
Entre o lado claro e o lado escuro
Pensei que houvesse diferença
Entre gritos e sussurros
Mas foi um engano, foi tudo em vão
Já não há mais diferença entre a raiva e a razão
Esquerda & direita, direitos & deveres,
Os 3 porquinhos, os 3 poderes
Ascensão & queda, são dois lados da mesma moeda
Tudo é igual quando se pensa
Em como tudo deveria ser
Há tantos sonhos a sonhar, há tantas vidas a viver
Nossos sonhos são os mesmos há muito tempo
Mas não há mais muito tempo pra sonhar

sábado, 4 de dezembro de 2010

Linguagem



Oh mal necessário!
A linguagem, na minha opinião é um vício. Uma extrema maioria de seres humanos se acomodaram com a linguagem (falada e escrita) e por isso, ao meu ver, se esquecem dos outros tipos de linguagem, como o olhar, os gestos, a respiração, o jeito de andar... o corpo fala e algumas pessoa não conseguem "ouví-lo". (juro que esse post não é sobre LIBRAS)

Após viciados em linguagem, tais homanos buscam a interpretação. A interpretação, assim como a linguagem, é algo um tanto quanto confuso. Por quê? Oras, porque há a subjetividade. Cada um interpreta o que quer de qualquer coisa que seja.

Sendo assim, um diálogo fica praticamente impossível. Cada um tem uma bagagem que faz interpretar assuntos diversos de várias formas. Em um diálogo você pode estar sem intenção nenhuma e a pessoa se ofender, por exemplo. Ou então você pode se utilizar de palavras que essa pessoa possa vir a se confundir. A linguagem e a interpretação é uma grande confusão, uma ilusão e desilusão. Pobre de nós, mortais, que ainda temos que nos utilizar da interpretação e ainda perdemos tempo tentando buscar uma verdade ou então entender o mundo. Pra que?

"Descobrir o verdadeiro sentidos das coisas, é querer saber demais" (Anitelli)

Utopia querida pensar que em algum lugar do universo, da galáxia, do espaço sideral, existe algum lugar em que os seres não se utilizam de tudo isso pra se comunicarem. A comunicação parece surgir para me confundir a cabeça.

ps: tô com medo da disciplina Filosofia da Linguagem que terá ano que vem. Uow! :S