domingo, 13 de novembro de 2011

Ei, SWU, vaitománocu!

Esse artigo ia pro meu TCC, mas acabei tirando porque não encaixava direito, então aqui está ele. Have fun!




Sustentabilidade : uma promessa, uma consequencia ou um fato ?

No dia 23 de julho do ano de 2011, a equipe de um programa denominado de CPFL Cultura juntamente a equipe Seminário Fronteiras do Pensamento (ambos programas exibidos pela internet), entrevistaram o filósofo em questão nessa discussão, o polonês Zygmunt Bauman. No decorrer da entrevista, Bauman afirma que por mais que haja certa individualidade considerável, vive-se numa Era onde todos dependem de todos, e isso hoje é mais do que nunca. Todos estão no mesmo barco, logo, o que ocorre de um lado do barco, é refletido consequentemente ao outro lado, então todas as pessoas que estão nesse barco sentirão seus reflexos, estando perto ou não do ocorrido. E então, Bauman diz que, pela primeira vez, o planeta é de fato um só mundo.

Outra transformação que veio a se consolidar no mundo decorrente da modernidade líquida, Bauman afirma que é o pensamento de que o homem é submetido ás leis naturais ou tecnológicas, ele acredita que o ser humano está cada vez mais próximo dos limites da sustentabilidade do planeta.

Sustentabilidade é a promessa líquida. Há inúmeros discursos, comerciais de TV, pensadores discutem sobre o tema, mas o que se pode fazer de imediato ? Há alguns programas atualmente que promovem eventos para discutir o tema da sustentabilidade.

No Brasil já a alguns anos, acontece um evento denominado de SWU (Starts With You – Começa Com Você), a proposta do evento é discutir sustentabilidade e isso começa com um discurso de que todos devem fazer pequenas coisas para constituir um mundo melhor, mais feliz e sustentável.

Para este evento em questão, o proposto é cada um fazer o que está ao seu alcance, tendo a consiência de que dessa forma ajudará a ter um mundo melhor para teus futuros descendentes.

"Experimente pesquisar o conceito de sustentabilidade em qualquer lugar e encontrará definições que falarão sobre: “pensamento sistêmico”, “equilíbrio dos ecossistemas”, “Relatório Brundtland”, hã? Calma. Vamos entender isso de maneira mais prática? A ideia central da sustentabilidade é que é possível continuarmos vivendo e nos desenvolvendo de forma com que haja continuidade e equilíbrio em relação aos recursos disponíveis. Tudo o que se retira – se apenas retiramos – uma hora vai acabar. Assim, devemos oferecer ao planeta tanto quanto retiramos dele. O mencionado “Relatório Brundtland”, publicado em 1987, diz que sustentabilidade é “suprir as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas”. Esta é a ideia! Trazendo a discussão para o nosso quintal, se eu posso derrubar uma árvore porque quero construir minha casinha ali, posso também plantar outras duas para que meus netos tenham, anos depois, fruta e sombra num dia de sol. Outra ideia de uma vida sustentável é estabelecer uma relação economicamente viável com o mundo. Trabalhar e buscar parcerias com quem está perto da gente é melhor, pois, além de fomentar o desenvolvimento daquela região, favorece o equilíbrio de todo o meio ambiente à sua volta. Entenda que é possível cada um de nós trazer para dentro de sua vida, de sua rotina, de sua casa, as suas próprias ações sustentáveis, que podem ter uma importância muito maior do que a se imagina! Limpar o oceano das manchas de óleo que os navios cargueiros despejam parece uma tarefa impossível, não é mesmo? Mas, separar o lixo, apagar as luzes na hora de dormir e não desperdiçar a água que utilizamos está, sim, ao seu alcance. E, acredite: é exatamente a força dessa conscientização e dessa união que poderá, um dia, deixar limpos e cristalinos todos os oceanos do planeta." (informações do site)

A crítica a esse evento possui dois vetores: primeiro é a idéia de adquirir certa consciência à questão da sustentabilidade, há conferências sobre o tema e discussões sobre o que se pode fazer , isso seria um ponto positivo; o segundo vetor, que seria um ponto negativo, é que esse evento promove shows nacionais e internacionais , muitos participantes não vão a esse evento com o intuito de aquisição a uma consciência sobre o assunto, vão para se divertir nos shows e isso trás certas conseqüências, como uma das mais preocupantes – a produção de lixo. Para onde vai todo lixo produzido pelos participantes do SWU?
Promover eventos, discutir o tema, buscar se conscientizar são tarefas acessíveis para o momento, mas além de tudo isso, é importante frisar que a questão da degradação do planeta é ainda maior, as tentativas são válidas, mas mais que tentar, o importante é não somente maquiar essa questão e sim procurar transformá-la.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Subjetivamente inquientante



Paz, eu quero paz.
Quero sentir a água batendo no meu rosto
Quero cantar "pais e filhos" bem alto com meus amigos
Quero comer macarronada de domingo com a minha família
Sentir o coração palpitar ao ver aquela pessoa
Ter filhos e ficar noites acordada pra cuidar deles
Chorar de ver um filme bonito
Chorar toda vez quando ouvir "eu não sei na verdade quem eu sou"
Quero fazer danças estranhas na webcam pra alegrar amigos que estão longe
Colocar nariz de palhaço e brincar com a criançada
Receber meu pagamento e fazer aquela viagem inesperada
Conhecer pessoas engraçadas
Rever aqueles velhos amigos
Jogar video-game num sábado a noite na companhia de boas amizades
Dar um beijo de boa noite nos meus pais
Passear com o cachorro
Caminhar com meu pai
Comer o bolo de fubá com erva-doce e canela da minha vó
Rir com as histórias de ET's do meu avô
Ver fotos antigas com a minha mãe
Quero ter tempo pra ler sobre filosofia, artes, plantas, espíritos e afins
Quero estudar tudo que eu puder
Sair correndo na chuva e escorregar na lama
Jogar conversa fora numa madrugada de insônia
Tomar um copo de água gelada debaixo de uma árvore num dia típico de verão
Me cobrir com um cobertor e me jogar no sofá pra tomar um chá no inverno
Sorrir para as crianças
Conversar com o cachorro, com as plantas e até mesmo com os doces
Enfim... eu quero paz e quero viver.
Se isso tudo não é felicidade, então eu não sei o que é.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Você ama alguém?



"Há inúmeras definições para o sentimento 'amor' ou para o verbo 'amar', são conceitos subjetivos que, no entanto, o senso comum tenta explicar. Para iniciar essa discussão sobre o 'amor líquido', usar-se-á aqui as definições destinadas ao senso comum: ter carinho por alguém, compaixão, paixão, consideração, amizade, entre outros sentimentos, seja esses sentimentos destinado ao próximo, à algum parceiro ou parceira ou então ao amor-próprio. Só o que se sabe é que amar é uma capacidade do ser humano e que esse sentimento vem sofrendo modificações com o decorrer das eras." (trecho extraído do 1º capítulo do meu TCC)



E por que esse sentimento tráz tanto sofrimento? Sentir carinho por alguém é muito bom, mas como dói quando não é recíproco. Fazer um agrado é tão gratificante, mas como machuca quando o outro é indiferente.
O senso comum tenta nos impor, aliás, há certa consciência coletiva de que todas as pessoas do mundo devem se relacionar amorosamente para obter certo grau de felicidade. Ok, eu concordo, não tem como viver só numa sociedade repleta de universos, porém, será que Freud estava certo?
Freud dizia que esses sentimentos, citados acima, são necessidades puramente fisiológicas do seres humanos, ou seja, ter a necessidade de sentir amor, por exemplo, é o mesmo que sentir muita vontade de comer. Hummm, desculpa Freud, mas eu sou obrigada a discordar.
Pode até ser uma necessidade humana, mas não penso que seja puramente fisiológica. Penso que o amor é como a mente, sabemos que existe, porém não conseguimos manuseá-la, se abrimos o peito e pegarmos o coração na mão, não encontraremos o amor nele. Então pode ser fisiológico? Penso que não. Então o que é? De onde vem esses sentimentos que quando correspondido nos causa certa felicidade imensa e quando não é recíproco nos causa aquela dor no peito e aquela vontade de morrer?
Já não é fácil lidar com coisas materiais que são absolutamente palpáveis, mas como lidar com sentimentos abstratos? Existe uma receita, um remédio ou algum manual de instrução?

E ainda tentaram me convencer que a subjetividade não existe... prove, ciência, prove! Vai vai, diz aí oh dona dos paradigmas vigentes! Causadora da morte individual, me coloca dentro de uma caixa e diz que todo sentimento que tenho são apenas necessidades humanas.... EU DUVIDO de você, ciência!

Quem foge desses sentimentos são covardes, aqueles que têm medo de sofrer e sofrem por isso. E eu, o que faço com esses números?

A MEDIDA DE AMAR É AMAR SEM MEDIDA (Santo Agostinho)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Teorias e blá blá blá



Não façam filosofia
Ou qualquer coisa que te faça pensar.
Não pense, seja feliz!
Se fosse tão fácil assim,
O que seria de mim?

Falar é fácil
o difícil é ser ágil
Muitos ja tentaram
Mas poucos hesitaram.

Platão, Heráclito, Sócrates
Sartre, Heidegger, Aristóteles
Galileu, Copérnico, Sófocles
Newton, Adorno e John 'muito' Locke.

Aqueles que agiram
meus sinceros comprimentos
Aqueles que apenas teorizaram
Meus pêsames sem defeitos.

Para quem ainda sonha
Parabéns, pois é preciso
Freire deu certa luz
Mas sozinha eu não consigo.

Quem tem vontade
Venha com nós
Mas não vá só até metade
Ergua a voz
Abrace as teorias
Faça acontecer
Sonhe com metodologias
Não dê ouvidos à desistências
Corra forte e sem demência.

PENSE
RESISTA
CAMINHE
SONHE... SONHE... SONHE...

Ai de mim, UTOPIA! Ai de mim.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O Elogio da Loucura



Algumas pessoas hesitam a felicidade.
Certo sábado após assistir o curta “La belle verte”, eu, minha amiga Aline e o namorado dela, meu amigo Lucas, tivemos uma epifania.
A Aline pediu para que eu a pintasse de clown, pois era algo que ela sempre quis fazer, mas que nunca tinha coragem e oportunidade. Nisso o Lucas se animou e começou a se pintar também. Depois me convenceram a me fantasiar e pronto, lá estavam os três clowns felizes num sábado nublado.
De repente resolvemos sair na rua pra ver a reação do público. Quem esperaria ver três palhaços rindo durante um sábado em pleno horário de jogo?



Fomos até a padaria mais próxima e para nossa surpresa somente quem estava trabalhando lá foi quem nos deu atenção, sorriu, interagiu... a maioria das pessoas nem perceberam nossa presença e algumas ignoravam. Ver o jogo naquele momento, para alguns, era prioridade. Pra que rir com um bando de retardados que entraram numa padaria todos fantasiados? “Sai da frente, seu louco, eu quero assistir o jogo, porra!”, foi o que ouvimos dos clientes do local.
Não satisfeitos, fomos até o mercado mais próximo que por sinal é pertinho da padaria (aqui tudo é perto).




E, chegando lá, para nossa surpresa, fomos ignorados por todos que estavam trabalhando, com uma rara exceção: o segurança do mercado saiu correndo atrás da gente, nos abraçou e disse: “o mundo precisa mesmo é de mais alegria, obrigado pela visita”. Nossa! Só essa frase e a atenção dos demais já valeu muito apena ter feito esse teste de “ver a reação das pessoas num sábado nublado”.
De uma coisa sabemos: John Lennon nos deixou um legado, só com amor se construirá amor, só com sorriso receberemos sorrisos. É gradativo, não é amanhã que mudaremos o mundo, o sorriso de um palhaço é tão sincero quanto de uma criança que acabou de comer um bolo de chocolate.
All you need is love... it’s so easy, the love is all you need!



Seriam os loucos aqueles que são emancipados? Quem é livre? Por que não rir do ridículo? Por que não ser ridículo?

Não hesitem, sejamos felizes! É tão fácil :)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O melhor jeito de morrer



Texto extraído de um e-mail particular.
Uma reflexão sobre a morte :)


É claro que ninguém quer morrer, mas mesmo assim o assunto surge nas conversas, as piores e as mais amenas formas de passar dessa pra melhor.
Curioso como quase todos entram em acordo quanto às maneiras mais angustiantes de esticar as canelas: sempre mencionam "afogado", "quimado", "soterrado", além de algumas formas de asfixia. Alguns ainda mencionam que estar num prédio em chamas, prestes a desabar, e ter que saltar de lá de cima é pouco atraente.
Mais engraçado ainda como o consenso sobre a melhor forma de bater as botas é ainda maior! Nunca ouvi alguém dar uma resposta diversa de "morrer dormindo".
Nunca gostei disso... Sempre achei que abotoar o paletó de madeira dessa forma te privaria de passar alguns últimos minutos com alguém querido. Considerava muito interessante a ideia de pular do prédio em chamas; sentir uma última emoção antes de me espatifar no chão. E pularia fazendo pose de Superman!
Mas...
Na quinta-feira passada meu avô teve um treco aqui em casa. Diagnóstico: infarto agudo do miocárdio. Sorte que tinha gente em casa. A ambulância chegou bem rápido; se não, nem precisaria ter vindo... Enfim, ele escapou. E nunca vou esquecer do que ele me disse no pronto-socorro: "Pensei que eu não fosse chegar...". Foi um tremendo susto, uma correria pra conseguir vaga na UTI e, no dia seguinte (sexta-feira), meu avô foi internado em Praia Grande.
Na UTI só eram permitidas quatro visitas por dia. Minha mãe e minha avó eram presença obrigatória, pois estavam monitorando o estado do velho. No sábado minha tia-avó veio de São Paulo ver meu avô, então eu não pude ir. No domingo, finalmente, depois do choque inicial, pude ver meu avô. Meu irmão e eu demos um jeito de burlar a segurança do hospital para que seis visitantes entrassem na Unidade.
Meu avô estava fraco, mas já sem aparentar sofrimento. Não olhava nos olhos, não sei por que motivo, e não sorria, acho que por causa da dor. Só falava, com a boca entreaberta. Conversamos por alguns minutos, comentamos o susto que ele tinha me dado, de como ele estava sendo bem tratado...
O velho sempre foi livre. Não havia camiseta que o prendesse, não existia peixe que ele não pescasse, goiaba que ele não apanhasse, casa que ele não construísse... Aquela gaiola não era lugar pra ele...
Então ele começou com um papo estranho. Achei desagradável na hora... Dizia que ele já tinha vivido a vida dele e que eu tinha que viver a minha, que tinha cuidado de mim por toda a vida e eu só tinha dado alegria a ele, que não devia me preocupar. Eu retruquei: como é que eu podia não ficar preocupado? Eu ainda iria dar muitas alegrias pro velho! Logo ele estaria em casa de novo, preparando as coisinhas dele pra pescar... Era a minha vez de cuidar dele. Além disso, ele ainda iria conhecer os bisnetos dele!
Nesse ponto da conversa ele sorriu... Por um segundo ele sorriu. E eu solucei. Quase chorei de alegria por poder proporcionar uma alegria ao meu avô, um vislumbre agradável de um futuro em que ele participava.
Não me lembro do resto da conversa...
Dia seguinte, fui de novo até o hospital. Meu tio-avô tinha ficado de aparecer por lá, mas quando chegamos ele não estava. Minha avó e minha mãe entraram, como de praxe. Depois que as duas saíram, comemorando a rápida recuperação do velho, que lhe garantira alta da UTI para o próximo dia, perguntaram se eu não queria ver meu avô um pouco. Eu falei que não, que meu tio, qeu vinha de São Paulo, poderia chegar depois e acabaria perdendo a viagem. Eu, como moro mais perto do hospital e já havia visitado meu avô, poderia vê-lo num outro dia. Além disso, contava com a melhora de seu estado de saúde.
Hoje, como vinha acontecendo há alguns dias, minha avó e minha mãe rumaram para o hospital. Eu não quis ir... Simplesmente não quis. Fiquei em casa estudando.
...
Ouvi o carro estacionando, duas horas mais cedo do que deveria. Daqui de dentro de casa, da sala, dava pra ouvir os gritos da minha avó. Pensei o pior... Pensei o melhor... Afinal, ela berra por tudo! Devia ser só mais uma discussão. Fui ver o que era.
Não era uma discussão...
Saíram do carro apressadas, minha avó aos prantos, os vizinhos se aproximando pra ver o que era. Berrava, vermelha, sem sair som: "Ele morreu!".
Já com alta da UTI, meu avô pediu para o médico deixar que ele se sentasse um pouco numa poltrona. O médico atendeu ao pedido. Sentado, o velho começou a sentir cansaço e pediu pra voltar para a cama. Teve outro infarto. Desta vez não teve socorro que bastasse.
Toda essa história serve pra eu chegar à minha conclusão: qual a melhor maneira de morrer, na minha singela opinião. Não sou a pessoa mais indicada para dar lição de moral, odeio filosofia barata, não suporto mensagens bonitinhas que saem aos montes com a extensão .pps.
Descobri que, para mim, o ideal seria que, num belo dia, a gente percebesse que o corpo está cansado e, com alegria e sem dor, se despedisse de todos os que fossem sentir saudade. Uma despedida com a ciência de ser a última, mas que não causasse angústia, já que feita de modo ameno. Assim seria fácil partir em paz.
Mas a realidade é um pouco diferente. A morte vem com dor, sem pressa...
Mas meu avô teve a melhor morte do mundo. Ele teve tempo para perceber que estava chegando a hora dele, de aceitar isso, de rever algumas pessoas e de se despedir. Aquele papo estranho, embora eu me recusasse e desconversasse, era a despedida dele. Aposto que ele teve paz, que eu não tive, já que não aceitei o momento que ele entendeu ser oportuno para o adeus.
Também não sou fã de "e a moral da história é...", mas acho importante destacar isso: durante o tempo em que meu avô esteve internado eu desperdicei algumas oportunidades de vê-lo (isso sem contar nas inúmeras durante a vida...). É um erro que não pretendo cometer de novo.
Bom... Esse e-mail teve um fim e um final que eu não esperava. De qualquer forma, aí vai meu desabafo e - quem sabe - uma contribuição.
Té mais!

ps: um beijo pro Renan ^_^

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Eu não entendo o comportamento humano



Na maioria das vezes eu não entendo nadinha do comportamento humano que penso que seria melhor se eu fosse um robôzinho programado. Será que eu sou? Quem garante que não?
Sabemos que existe a tal subjetividade, ou então a "qualia" que a filosofia da mente tanto fala, mas o que identifica o comportamento humano? Pra que comportar-se? Por que somos identificados por nossos comportamentos? Será que nossos comportamentos diz mesmo aquilo que somos, ou seriam apenas mais uma máscara social?
É lógico que o comportamento não é objetivo, porém existem várias receitas de como se comportar em determinados locais.
Por que algumas pessoas te forçam a se comportar de um jeito que você não quer ou como você não é?
O que leva um cara dizer que é teu amigo, agir como teu amigo, conhecer sua família porque é seu amigo, aí você pede respeito e consideração de amigo para com ele e numa bela noite ele resolve usar drogas e inferniza sua vida gritando enquanto você dorme (doente)??? Why, lord, why?
Comportar-se é difícil, ainda mais quando envolve um outro mundo, um outro alguém.
Nascemos programados socialmente, mas e subjetivamente? Deveríamos, poxa! Assim eu não esperaria muito dos outros... ou esperaria.
Oh eterno desencontro. Oh eterno caminho do meio. Oh vida, oh azar!

Eu, definitivamente, NÃO ENTENDO O COMPORTAMENTO HUMANO.

terça-feira, 5 de abril de 2011

envelheSENDO



O tempo passa
Você olha para trás
E se depara com o que deixou
e com o que não deixou.

Olhar para suas mãos e ver que ela está cheia de rugas, de marcas do tempo... mas como ela era há algum tempo atrás? Limpa? Lisa? Macia? Quantas lembranças marcam suas mãos.

O que levar da vida? (partindo do pré-suposto de que se leva algo)

Bato o pé, o que vamos levar por toda nossa existência até que a morte nos separe é a convivência que temos, ou não temos, com as pessoas. As relações umas com as outras.
Então, sendo assim, não nos resta mais nada a não ser tolerá-las?
Não não... devemos ter paciência com os mundos subjetivos alheios, pois são esses que nos lembraremos, quando não estiver mais ninguém que possa nos segurar nessa vida.
Morre-se, é a lei, isso não dos dá escolha... nem nascer, nem morrer. Então o que resta é viver... e viver bem e em paz só depende de quem?

NA FOTO: Chaplin em "Luzes da Ribalta", na cena em que ele está cuidando da bailarina que tentou suicídio. Perfeito, como sempre :)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Admiro o que há de lindo e o que há de ser vocês



Qual é o sentido da vida?
O que você faz pra sua vida ter sentido?
O que provoca suas frustrações?
Pra que idealizar uma utopia?
Pra que pensar?
Pra que lutar por uma causa?
Pra que tantos porquês?

Tá aí algumas reflexões que eu fiz analisando o trabalho realizado durante 22 meses na cidade de Andirá, interior do Paraná, com o projeto de extensão Universidade Sem Fronteira, grupo Teatro: instrumento de reflexão histórico-crítica, interação social e prática pedagógica. O que esse projeto me fez? TUDO! Fez eu ver que vale a pena SIM acreditar num ideal que pode se transformar em algo não-utópico.

A ARTE... ai a arte! Algo que nos transcende e nos faz acreditar no princípio de temperança que um dia a gente alcança... hahaha :D

Segue abaixo um poema (estilo cordel) que eu fiz na pegada da estética do orpimido, resumindo em versos esses 22 meses com esse belíssimo projeto.

O B R I G A D A !

Em 2009 foi quando tudo começou
Com o pessoal da UENP
O projeto se consagrou
Fazendo Teatro com a mulecada
Nosso ano deu uma disparada.
Histórias da Praça de Ingá
O nome a peça se deu
E no final do ano foi onde tudo ocorreu
Com aplausos e sorrisos
Tudo ficou um tanto colorido.


No ano de 2010 voltamos com a força toda
E a mulecada de Andirá ficou toda boba
Com risos e saudades
Nós íamos teatrando com vontade.
Augusto Boal foi nosso maior professor
Estudamos direitinho suas teorias com muito amor.


PRÓ-JOVEM um desafio nos lançou
E o pessoal de Jacaré todinho gostou
E uma peça coletiva foi lançada
Para mais uma vez a alegria da mulecada.
Extra Exta: verdades e incoveniências
Era um nome sério e sem demência
E a mulecada deu um show
E o público aprovou, uooow!.


Saudades agora todos sentimos
Mas nosso maior objetivo foi atingido
Olhar para galera e ver que foi bem feito
Nosso maior orgulho desse jeito.
Teatro se faz com o coração
E que dádiva poder possuir tal emoção.
Felizes e unidos, a gente vai seguindo
Pulando, dançando e teatrando.


Foto tirada após a estréia da peça "Extra extra: verdades e inconveniências".
VOCÊS SÃO MEU MAIOR ORGULHO :D

sábado, 12 de março de 2011

E eu aqui, no nosso velho e querido banco, POR QUE?



A praça é nossa!

Quinta-feira eu tive quatro aulas tensas na facul, 2 de ciências políticas e 2 de filosofia da mente. Chegando em casa eu precisava demais me alienar, encher minha cabeça de "merda" pra ver se relaxava a mente e conseguia dormir.
Diante disso, postei a seguinte frase no facebook "preciso me alienar, vou ver a praça é nossa".
Duas pessoas se manifestaram contra, dizendo que ver tal programa de humor é apelação e que eu deveria assistir "todo mundo odeia o chris", mas poxa, numa quinta-feita prestes as 0:00 não estava passando tal seriado. Uma outra pessoa disse que gosta muito desse programa e que o considera um dos melhores programas de humor da TV brasileira.

Pois bem, eu penso que ambas as opiniões são válidas, pois todos tem o direito de se expressar. Porém a pessoa que se manifestou a favor do programa se sentiu ofendida quando viu que a crítica havia usado a palavra "apelação". Tal pessoa tem também TODO O DIREITO de não gostar de algum comentário.

Agora, o meu ponto de vista é:
Eu uso a palavra "apelação" meio que pra qualquer coisa, não sei das outras pessoas, mas eu apelo muito... apelo à tv, a net, a seriado, apelo à jogos, à conversas e até mesmo me pego falando sozinha com alguém que nem sei... mas por que? Porque essa é uma forma de transcender, esvaziar a mente, relaxar. Foi uma maneira que encontrei, diante ao meu estado vigente para poder abstrair.
Contudo, que fique claro que eu entendo o motivo pelo qual a pessoa não gostou do uso de tal expressão, ela tem esse direito e ja conversamos sobre isso. Mas, por outro lado, também penso que as pessoas tem o direito de se expressar contra, mesmo sendo radical, porque as vezes é o único modo que ela encontrou no momento e julgou ser certo. Mas que fique claro que esse "radical" que expressei inclui em não ofender ninguém, afinal, ninguém ali quis ofender e isso ficou explicito.
Maaaaaaas, como ja foi citado nesse blog antes, A LINGUAGEM É UMA FONTE DE MAL ENTENDIDOS, isso é inevitável.

Programas de humor da TV brasileira realmente deixam a desejar, tem gente que gosta, senão não estaria no ar. É como ir a um jogo de futebol, algumas pessoas só conhecem essa forma de transcendência e não nos cabe julgá-las a priori com a nossa visão, afinal, ninguém = ninguém. Tudo deve ser muito bem expeculado e coerente nos seus "míííínimos detalhes".

"A PRAÇA É NOSSA", confesso, assisto com frequencia. Tem muito ator bom lá que escreve seus textos, assim como também tem bunda e gente ruim, mas isso tem em qualquer lugar, né?! Vai de cada um saber filtrar. Assim como "Zorra Total" também pode parecer uma merda, tem atores que brilham fora dali. E até mesmo "Pânico na tv" que é um poço de cultura inútil, pode te fazer rir num domingo a noite quando você está a toa e não consegue mais pensar em nada de útil.
Não estou defendendo a TV no status quo, mas ja que isso tudo existe, estou tentando abstrair um lado bom disso tudo. É um tanto subjetivo, pensando bem, pois pra cada ser o efeito da tv é diferente, né?!

Não só de inteligência vive o homem. Não estou dizendo que as pessoas que assistem tv são burras, não não, mas tudo vai da forma como elas interpretam essa ação e tais programas. Tudo vai da cultura e da questão de valores de cada um.

Enfim, saibamos filtrar, e divirtam-se com moderação :)

sexta-feira, 4 de março de 2011

Outras Frequências



Carnaval, tá! Nunca procurei saber exatamente o motivo pelo qual ele existe, só sei que quando eu era mais criança essa data era bem mais legal (assim como a páscoa e o natal).
Quando criança as tias da escolinha nos ensinavam coisas sobre folclore e faziam festinhas para que fossemos fantasiados e tocavam marchinhas para que dançássemos.
Agora, é claro, tudo mudou. Mas parece que não mudou só pra mim, sinto que tudo mudou pro mundo. É óbvio, as coisas mudam, mas em relação a isso me soa como algo um tanto de forma objetiva para todos, generalizando um tanto mesmo.
Essa data se resumiu em bunda, música de baixa qualidade, bunda, cerveja, créu, bunda, bebedeira, zueira e bunda.
Também é claro a infuência no sistema disso tudo, mas não vou cometer o erro de dizer que não faço parte do sistema, pois a minha existência dentro da sociedade diz que querendo ou não eu tenho certa culpa nisso tudo (ok, Amanda... hahaha!)
Mas o que fazer? Isso tudo não vai acabar só porque eu quero, afinal, tudo tem um lado bom... poderei visitar minha família, rever alguns amigos e talvez fechar meus olhos para tudo que acontecerá no mundo fora da minha bolha.
Por que? Ahhh é só porque eu vibro em outras frequências... e sei que não estou sozinha. Tomamos uma posição perante a um fato de oposição. E é isso, as críticas sempre vão existir, o importante é tentar não ligar, não julgar e ser feliz.

Pra não perder o costume, Engenheiros do Hawaii:

Seria mais fácil fazer como todo mundo faz.
O caminho mais curto, produto que rende mais.
Seria mais fácil fazer como todo mundo faz.
Um tiro certeiro, modelo que vende mais.

Mas nós dançamos no silêncio,
choramos no carnaval.

Não vemos graça nas gracinhas da TV,
morremos de rir no horário eleitoral.

Seria mais fácil fazer como todo mundo faz,
sem sair do sofá, deixar a Ferrari pra trás.
Seria mais fácil, como todo mundo faz.
O milésimo gol sentado na mesa de um bar.

Mas nós vibramos em outra frequência,
sabemos que não é bem assim.
Se fosse fácil achar o caminho das pedras,
tantas pedras no caminho não seria ruim


Bom feriado a todos, aproveitem os momentos felizes, porém tomem cuidado com as energias ruins

QUE A FORÇA ESTEJA COM VOCÊS!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sentido?



SEM TER TIDO.

Ansiedade de escrever por escrever.
O poder de vomitar pensamentos sem vírgulas, interrogações ou ponto final.
Sem se preocupar com a técnica, fala, métrica, rima.
Aquela transcendência buscada através da arte de se expressar por letras.
A ausência de silêncio e pensamentos que escorrem.
O bloqueio de passar tudo para o papel, e passar... e depois ver que saiu tudo diferente.
A sensação de não entender ... e entender, porque tem que ser.
Pode não fazer sentindo. Pode nem ter um por que.
Isso, só EU vou saber.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Mãe, me engole de volta?

Taaah dah!
Baseando-me em meus comentários (e os comentários alheios) do blog da Bruna "arteira ou artista", resolvi fazer esses versinhos sem eira nem beira (nem métrica e com rimas pobres).

Amanda, Bruna, Dinho e Bigode, vocês estão encarregados da melodia (se der) para fazermos um samba :)
[mas eu quero nível Chico Boarque hein, sou exigente, râm! haha]



Mãe, me engole de volta?

Por que tem que ser difícil
Viver, conquistar, ganhar, comprar
Vender
E compreender que a solidão
Só te faz crescer?
Mãe, me engole de volta?
Por que eu tive que nascer
Viver, aprender, amar
Alcançar, buscar e cansar?
Mãe, me engole de volta?
Por que eu sinto essas coisas
Que meu coraçãozinho se espreme
E eu fico tão, mais tão ansiosa
Que meus dedinhos até tremem?
Por favor, mamãe, me engole de volta ...
eu não aprendi a ser gente.


ahhh falae, no mínimo ficou bonitinho, vai :P

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Que pampa é essa?



Eu não gostaria, mas estou muito desanimada.
Estava agora de pouco conversando com uma amiga muito querida que acabou de se formar em história e foi tentar a vida em Curitiba.
Ela ja foi em várias escolas, entregou curriculum, fez entrevistas... e até agora nada. Ela me disse com essas palavras: "dá vontade de enfiar o diploma no cu". O máximo que ela conseguiu até agora foi um emprego de vendedora numa loja de roupas (não desmerecendo de forma alguma essa profissão, por favor).

Isso me desanimou tanto tanto (ainda mais porque estou no último ano de licenciatura em filosofia). O governo fica fazendo propagandas na TV pra que você se torne um professor, aí você se torna e o sistema te fode, te mata de sede, te prostitui... e aí, COMOFAZ?

Eu gostaria de ter uma receita pra tudo no mundo, mas ninguém tem né... o problema é que devemos tentar lidar com essas situações, porque isso não mudará amanhã e nem depois... se mudar pra melhor demorará certo tempo, se for pra pior então pode ser daqui a 5 minutos =/

"Sem motivos, nem objetivos, estamos vivos e é tudo... é sobretudo a lei, dessa infinita highway..."

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Se expressar "bonito"



Oi.
Pra variar eu tô revoltada.
Por que nós, acadêmicos, temos que escrever ou falar bonito?
O academicismo é uma merda. (vide wikpédia...rs)

Não podemos achar, temos que dizer "eu penso".
Não podemos coloquiar, temos que ser na norma culta atual da língua portuguesa.
Não podemos colocar nossas ideias em um papel sem que seja embasado em algum autor >.<
Você pensa, se expressa e quando vai ver algum candango ja fez tudo isso... de forma diferente, eu sei, mas fez. Isso me frustra MUITO!

Semana passada eu estava conversando com dois amigos que me inspiraram no assunto que quero tratar nesse post.
Ele faz biblioteconomia e ela é formada em administração e está cursando pedagogia.
Ambos com a mesma opinioão.
Ele diz que se sente muito mal na faculdade, pois ele pensa, lê, entende de uma forma e se expressa da sua maneira. Contudo, ele se sente "burro" comparado aos amigos de sala, pois eles se expressam de forma, digamos, "científica" e ele não... ele simplesmente é... e isso pra academia tá errado, você tem que ser um cientísta, alguém que lê muito e "fala bonito". E ela, que fez seu trabalho de conclusão de curso a pouco tempo diz que não serviu de nada falar e falar "bonito", pois não usa isso no dia a dia.

Eu, como futura professora de filosofia (só mais um ano, uooow!), me pergunto o motivo pelo qual somos forçados pela academia a "se expressar bonito" sendo que nossos alunos não vão entender na hora em que eu disser "porque a hermenêutica do mundo hiperurâneo é uma dialética de blá blá blá"...
Vivemos numa sociedade que não é intelectualizada e, pra mim, temos que falar a língua dela e não nos restringirmos a uma linguagem rebuscada em que os demais, a não ser os acadêmicos, não vão entender.

Eu me sinto analfabeta lendo Foucault

Eu tô cansada de toda essa merda que se fala na academia... de todo esse blá blá bla "bonito" e sem sentido... eu quero entender e não precisar andar com um dicionário na mão.

ACREDITO QUE ERRADO É AQUELE QUE FALA CORRETO E NÃO VIVE O QUE DIZ



ZALUZEJO, pra quem não conhece é uma música do O Teatro Mágico que fala dessa linguagem não-intelectualizada da sociedade (não da sociedade acadêmica)


Aqui, pra quem ainda não viu, O BONDE DAS CABEÇUDAS. Uma forma divertida de aprender e não precisar ficar "falando bonito".

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Desabafo de uma náusea



Uma das minhas maiores aprovação nesse mundo foi aprender a conviver comigo mesma. E como é difícil existir e sobreviver nesse mundo, ainda mais, como é difícil existir e ter que conviver com você mesmo.
Você olha ao seu redor, vê milhões de pessoas e todas elas sozinhas no mundo, tendo que fazer suas escolhas e aprender a conviver com a responsabilidade de existir.
Algumas pessoas “afins” até se juntam, convivem, se gostam... mas serão sempre sozinhas...
Por mais que as pessoas sobrevivam juntas, com sentimentos que as entrelaçam, é sempre você que toma a sua decisão, você carrega o fardo de ser livre pra escolher ou não escolher (que não deixa de ser uma escolha).
Aquelas pessoas um dia vão morrer, outras aparecerão, mas você e, somente você, é responsável pela sua vida, por suas companhias e pela sua solidão.
E como dói sentir o peso dessa responsabilidade de viver.
Como dói sentir o peso da solidão e a causalidade desta.
Por mais que nesse momento eu esteja pensando assim, eu não quero que meu coração se torne frio e quebradiço. Mas qual é a receita pra que isso não ocorra? Depende de você? Não! Depende só de mim... e ai como isso dói.
Seria mais fácil ser um robô, seria mais fácil não ter que pensar, seria mais fácil não sentir.... PENSAR ENLOUQUECE!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Bruxas dançam na fogueira



Cinza é o nome desa música do Engenheiros do Hawaii (sei que muita gente odeia engenheiros por causa do CHATÃO do Humerto). Essa música resume bem o assunto que quero tratar nesse post.

O mundo é teu umbigo?
Você é um universo?
Mas e os outros?
E a história? E o passado? E o futuro?
É tudo você ou tem mais gente por aí?

Atenção na música na parte em que o Maltz diz:

vamos visitar o passado
mundo distante, passado muito além
onde a pessoa não valia pelo que ela é
só valia por aquilo que ela tem
vamos assistir ao naufrágio
de um Titanic pesado e frágil
que foi à pique sem dó nem piedade
pela febre da ganância, pela falta de humildade
vamos perdoar aquela gente
que não soube enxergar um pouquinho na frente
e secou tudo até a última fonte
queimou a floresta, matou a semente
vamos celebrar a nova civilização
que nasceu da destruição
e já nasceu cuidando bem
pra não ter que aprender perdendo tudo, também


E por hoje é só isso que eu tenho pra falar.
Angústa por existir.
Poxa!

ps: hummm aprendi a por vídeos aqui :B

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Rafael ou Marcelo?



Era Rafael ou Marcelo o nome do cara que me deixou com essa revolta toda?
Bom, não importa mais, o que importa é que preciso abstrair essa revolta. Vamos aos desabafos diários e sem muita cerimônia.

Estava eu acompanhando uma amiga muito querida na busca de seu vestido de formatura. Diga-se de passagem que eu não me importo muito com isso, mas para ela isso é importante e a minha opinião, naquele momento, para ela tinha certa relevância.
Entra e sai de loja em loja, cores, muitas cores, todos os tipos, experimenta, gosta, não gosta... cansaço, sono, impaciência...
De repente, olha lá mais uma loja, vamos. E fomos.
Devia ser um tal de Marcelo ou Rafael, calça preta, blusa vermelha, cabelo moicano e sapato social.
ele: oi posso ajudá-las.
amiga querida: sim, é minha formatura, queria ver alguns modelos de vestido.
ele: e onde será sua formatura?
amiga querida: mas isso tem relevância?
ele: claro que tem, dependendo do lugar é algo diferente.
eu: (balãozinho de pensamento: esse cara tá dando no saco)
amiga querida: será no interior do Paraná.
ele: QUE??? INTERIOR??? Noffa baby, então você tem que usar um vestido chiquerézimo porque eu fui numa formatura do interior do MT e uma menina queria aparecer mais que a outra, juro por deus, se elas pudessem colocavam luz pisca pisca embaixo do vestido pra brilhar... toma, experimente esse rosa estilo sereia cheio de brilho.
amiga querida: mas moço, eu não gosto muito de brilho, queria algo mais básico.
ele: Olha aqui, minha filha, eu entendo mais de moda do que você. Se você não for de brilho só será mais uma dentre as outras, você tem que aparecer, é O SEU DIA. E mais uma coisinha, esse lance de você se vestir do jeito que você é não tá com nada, hoje em dia a gente tem que aparecer.

WHATAHELL??????????

Não, de boa, onde que esse VIADO (com o perdão da palavra e maior respeito aos homossexuais) quer chegar com esse assunto de "tem que aparecer e não aparentar ser quem você é"?
Não não não não... isso não entra na minha cabeça. O capitalismo é tão sugador que VENDE MÁSCARAS, porque no meu ponto de vista esse Marcelo ou Rafael queria vender uma máscara social para minha amiga... para ela poder "aparecer"... não não não não.... não aceito uma coisa dessas! Eu tô muito revoltada com esse Rafael ou Marcelo. Se ele não quer ser quem ele é o problema é dele, mas obrigar uma amiga minha (ou qualquer cliente, que seja) comprar ou alugar algo que não tenha nada a ver com ela, só para se aparecer, é o cúmulo dos cúmulos 'idióticos' sociais, bestas, fúteis e mesquinhos que eu ja vi...
Não estou de forma alguma espantada, apenas revoltada... muito revoltada. Sou completamente contra máscaras sociais e ser/aparecer para os outros o que você não é só para agradar uma massa... ou seja lá quem for.

Aqui não, bichão! Marcelo ou Rafael VIADO: VÁTOMÁNOCU!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Farolete



Certo dia minha prima estava digitando uma mensagem de texto no celular antes de dormir. Estava frio e ela cobriu a cabeça. Nisso nosso avô entrou no quarto e disse "Nossa Michelli, porque você está com um farolete embaixo das cobertas?" Nós duas caímos na risada. Pobre vovô, confundiu a luz do celular com um "farolete". Mas o que é um farolete?

Quando minha bisavó estava viva, certo dia me perguntou se as letrinhas que havia na tela do celular eram letras carimbadas. Hahahaha pobre vovó.

Diante dessas cenas, me veio a reflexão de como as coisas mudam de pressa. Isso é fato, mas ja pararam pra pensar o porquê do "velho" sempre ficar para trás? Por que as coisas antigas são exiladas e as vezes nem sabemos que elas existiram?

Certa vez eu estava com o meu pai no museu do auto-móvel e a tv record me pediu para contribuir com uma entrevista. Eu disse que gostava da exposição, pois nos aproximava de um mundo ja passado, algo que as vezes só vemos em filmes.

Mas não é aí que eu quero chegar... eu quero chegar na INTOLERÂNCIA!

Estive observando com bastante veemência algumas pessoas sem paciência brigando com pessoas "mais velhas de idade" pelo fato delas não conseguirem se adaptar ao mundo do pac man, ou seja "o come come da tecnologia".
Mal deu tempo de surgir um farolete e meu avô ja se confundiu todo... para ele celular servia somente para iluminação (meu avô é extremamente engraçado, diga-se de passagem).

Viajamos com gps sendo que colonizaram o Brasil há centenas de anos atrás, NA RAÇA! Como que aquelas pessoas ultrapassaram a serra do mar país a dentro? É muito complicado! Pra gente tem túnel, mas e pra eles? Tá aí, a tecnologia ajuda ou atrapalha no desenvolvimento humano? E olha que teve épocas em que o farolete era tecnologia de ponta!

Ai, viajei ad infinitum... 1º post do ano e uma viagem ao infinito e além pra compensar a ressaca da virada pra mil novecentos e dois mil e onze... uow!

ps: essa caricatura tem tudo a ver com o meu avô *__*