segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A vida como Obra de Arte

Suponha por um momento que você descobriu ter uma doença terminal e que seus médicos afirmam que lhe restam dois anos de vida. Como você escolheria viver o tempo que ainda tem?

A não ser que você seja extremamente rico, dois anos é pouco tempo para deixar de lado seu estilo de vida atual e viver apenas fantasias. Você teria de aceitar comprometimentos. De qualquer forma, ainda escolheria ignorar o fim que se aproxima a passos firmes? Continuaria a fazer o que faz diariamente? O que está em jogo é o tempo que lhe sobra de sua própria vida. Você não iria querer viver as paixões de seu coração – seja lá quais fossem elas?

Poderia ser que você embarcasse em uma viagem rumo ao Taiti ou a Atenas ou ás Pirâmides que você sempre quis ver. Talvez você se esforçasse para escrever o livro que sempre sonhou ou tentasse deixar para trás um legado, usando a pintura, a escultura ou a música. Talvez você quisesse se mudar para o lugar onde sempre teve vontade de viver. Talvez você parasse de trabalhar tantas horas e passasse mais tempo com aqueles que ama. Ou talvez começasse a se expressar nas reuniões e dizer o que realmente pensa. Talvez você parasse de tentar acumular riquezas e dedicasse mais tempo a algum trabalho filantrópico, possivelmente comprometendo-se a trabalhar pela paz ou qualquer outra causa pela qual sente atraído.

Talvez você até mesmo saciasse o desejo insano de virar um comediante de stand up, pular de asa-delta ou cruzar o continente em uma Harley-Davidison. Qual o problema se as coisas derem errado? Você morrerá, de qualquer forma, em dois anos – mas terá vivido durante esse período.

O fato é que, naturalmente, todos nós estamos vivendo nossas vidas contra o tic-tac de um relógio. A maior parte de nós tem mais do que dois anos de vida; alguns de nós temos menos do que isso e nem nos damos conta.

De qualquer maneira, quem de nós quer chegar ao fim sem ter ao menos tentado conquistar as paixões secretas de nossos corações? O que preferiria – olhar para trás e ver uma vida sobre a qual você não teve controle algum, uma vida que fluiu por canais controlados por outros, ou viver da forma mais interessante, colorida e satisfatória, em que você possa realizar escolhas pró-ativas? Não devemos nós mesmos escolher viver nossas vidas como se estivéssemos criando uma obra de arte, utilizando quaisquer recursos que o destino venha a nos oferecer?


TILLERY, Gary. John Lennon: O ídolo que transformou gerações. (p.176), São Paulo: Universo dos Livros, 2010.

Um bom final de ano para todos com ótimas reflexões.
Como ja dizia mestre Jedi "Vá para casa e reflita sobre sua vida".

^_^

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Dândis!

As vezes o que MAIS me revolta é a mesmice do dia seguinte. Aquela coisa de acordar no outro dia e saber que será tudo igual. Mas por outro lado, talvez, a mudança do meu mundo seja a minha mudança, ou então esta mudança também seja mesmice. Ja dizia Gabriel, o pensador, "muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente, a gente muda o mundo na mudança da mente". Ou não... haha... John Lennon teve autas crises de tentar se mudar pra mudar o mundo e não ver resultado imediato. Mas não foi nas drogas que ele encontrou um resultado, nem mesmo em Ono. Isso nós nunca vamos saber. A mudança da mesmice só cada um de nós saberá um dia e em dias diferentes.

Ahh a REVOLTA!

E eu ainda vivendo entre a loucura e a lucidez!



Já não vejo diferença entre os dedos e os anéis
Já não vejo diferença entre a crença e os fiéis
Tudo é igual quando se pensa
Em como tudo deveria ser

Há tão pouca diferença e há tanta coisa a fazer
Esquerda & direita, direitos & deveres,
Os 3 patetas, os 3 poderes
Ascensão & queda, são dois lados da mesma moeda
Tudo é igual quando se pensa
Em como tudo poderia ser
Há tão pouca diferença e há tanta coisa a fazer
Nossos sonhos são os mesmos há muito tempo
Mas não há mais muito tempo pra sonhar

Pensei que houvesse um muro
Entre o lado claro e o lado escuro
Pensei que houvesse diferença
Entre gritos e sussurros
Mas foi um engano, foi tudo em vão
Já não há mais diferença entre a raiva e a razão
Esquerda & direita, direitos & deveres,
Os 3 porquinhos, os 3 poderes
Ascensão & queda, são dois lados da mesma moeda
Tudo é igual quando se pensa
Em como tudo deveria ser
Há tantos sonhos a sonhar, há tantas vidas a viver
Nossos sonhos são os mesmos há muito tempo
Mas não há mais muito tempo pra sonhar

sábado, 4 de dezembro de 2010

Linguagem



Oh mal necessário!
A linguagem, na minha opinião é um vício. Uma extrema maioria de seres humanos se acomodaram com a linguagem (falada e escrita) e por isso, ao meu ver, se esquecem dos outros tipos de linguagem, como o olhar, os gestos, a respiração, o jeito de andar... o corpo fala e algumas pessoa não conseguem "ouví-lo". (juro que esse post não é sobre LIBRAS)

Após viciados em linguagem, tais homanos buscam a interpretação. A interpretação, assim como a linguagem, é algo um tanto quanto confuso. Por quê? Oras, porque há a subjetividade. Cada um interpreta o que quer de qualquer coisa que seja.

Sendo assim, um diálogo fica praticamente impossível. Cada um tem uma bagagem que faz interpretar assuntos diversos de várias formas. Em um diálogo você pode estar sem intenção nenhuma e a pessoa se ofender, por exemplo. Ou então você pode se utilizar de palavras que essa pessoa possa vir a se confundir. A linguagem e a interpretação é uma grande confusão, uma ilusão e desilusão. Pobre de nós, mortais, que ainda temos que nos utilizar da interpretação e ainda perdemos tempo tentando buscar uma verdade ou então entender o mundo. Pra que?

"Descobrir o verdadeiro sentidos das coisas, é querer saber demais" (Anitelli)

Utopia querida pensar que em algum lugar do universo, da galáxia, do espaço sideral, existe algum lugar em que os seres não se utilizam de tudo isso pra se comunicarem. A comunicação parece surgir para me confundir a cabeça.

ps: tô com medo da disciplina Filosofia da Linguagem que terá ano que vem. Uow! :S

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Para as pessoas legais

La Belle Verte, todas as pessoas legais TEM que assistir esse filme.


(comunicação por telepatia)

Assisti esse filme duas vezes e as duas vezes senti coisas diferentes porém semelhantes. Por iso eu insisto: todas as pessoas legais DEVEM assistir. As que não são legais assistam também... quem sabe vocês não se tornam legais :B

La belle verte é a história de um povo que habita num planeta mais evoluído que a Terra. Nesse planeta eles são felizes e vivem com o que podem ter, exercitam a moral, o intelectual, o corpo físico e afins. Um belo dia de ano novo eles decidem visitar alguns planetas e nunca ninguém quer ir para Terra. Mila, uma mulher corajosa cuja mãe era terrestre porém ninguém sabia, decide visitar a Terra em busca de sua mãe. Nessa visita muitas coisas ocorrem, porque esses indivíduos do outro planeta tem poderes. Poder de desconectar as pessoas de suas futilidades, fazer com que estas reflitam sobre o mundo e sobre suas respectivas vidas, sobre os detalhes, sobre os paradigmas... enfim...


(detalhe de uma folha de alface)

Além desses "poderes", eles se comunicam por telepatia e precisam da natureza para isso. Logo, dá para perceber o motivo pelo qual o organismo de Mila não conseguiu se adaptar na Terra e, sendo assim, esta não comia e se recarregava (igual bateria) abraçando recém-nascidos. Por aí vai... filme mais que recomendado, principalmente para as pessoas legais.

Depois desse filme com centreza você dará mais valor aos detalhes que gritam e, algumas pessoas por serem tão ocupadas, mal percebem...

*pessoas legais leia-se: pessoas sensíveis o suficiente para receberem uma mensagem moral.


(orquestra de silêncio)

domingo, 14 de novembro de 2010

o "querer mostrar"



Domingo pela manhã é um excelente momento para lembranças e reflexões; bom, pelo menos pra mim. Estava eu, então, num desses momentos quando me lembrei da aula de redação quando eu fazia cursinho pré-vestibular em 2007. Lembrei da queridíssima professora Thaís comentando algo sobre internet, querer ser, querer ter, querer mostrar e se aparecer. Não me lembro muito bem, mas acho que era proposta de redação do vestibular da UNIFESP.

Juntando essa lembrança com a reflexão que tive a poucos dias na palestra sobre política do professor da área de educação, Maurício Saliba, onde ele afirmava que o ser humano só se é feliz e consegue obter objetivos de vida quando este faz e é reconhecido, pelos outros, de alguma maneira pelo que faz.

Pois bem, pensando sobre tudo isso me veio na cabeça a INTERNET. Vasculhando o mundo alheio no orkut, facebook e twitter, vi a grande necessidade que as pessoas têm atualmente de dizer e mostrar a todo momento o que elas fazem ou deixam de fazer. Mas por que isso? Talvez seja a busca pelo reconhecimento alheio, ou talvez elas sofram de depressão e precisam que pessoas digam o que fazer... não sei, pode soar um tanto subjetivo, mas por que tantas pessoas agem nesse mundo virtual de maneira tão igual?
Pensando por outro lado, o mundo virtual ja está um tanto massificado. Quem nunca ouviu falar na internet em pelo ano de 2010?
Tá certo, eu sei que o mundo é muito grande e que existem tribos espalhadas pelo mundo que ainda vivem como os homens primitivos. Mas como eu sei disso? Porque vi na internet.

E você aí, o que tanto ja fez para se mostrar na internet e atribuir maior número de reconhecimento? Por exemplo: "olha o que eu e meus amigos fizemos no final de semana"... ou então "olha o show que eu fui e você perdeu"... ou "olha como estou feliz com meu presente de natal"...ou "fui num orfanato e brinquei com criancinhas" viram? Por que as pessoas precisam que as outras vejam e saibam do que elas têm ou o que elas estão fazendo? Será isso a eterna caminhada pela felicidade? Mas que felicidade é essa? Felicidade que só se concretiza com o reconhecimento alheio?

Segundo a minha interpretação do prof Saliba, essa é uma forma do ser se encontrar na sociedade enquanto indivíduo, mostrando e sendo reconhecido, pois isso é o objetivo "mor" para que o ser seja feliz e não desista de viver.

Não estou julgando ninguém, é apenas uma reflexão, ainda mais porque depois disso eu olhei muito para o meu umbigo e vi que ja fiz várias dessas coisas para ser reconhecida e nem ao certo sabia o motivo para isso.

Oh god, a ignorância é uma benção!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Estereótipo



Quando se é a primeira filha e a primeira neta de uma família que adora crianças você é mimada. Ao decorrer do tempo você se torna a bonequinha do papai e do vovô e a princesinha da mamãe e da vovó, principalmente porque você tem a pele clara, olhos azuis e cabelos loiros. Sua tia te dá bonecas e faz você as vestir de cor-de-rosa. Não obstante, sua mãe pretende fazer-lhe penteados, te passar batom, colocar roupas cor-de-rosa, te obriga a sorrir e bate várias fotos. Com a sua idade você até curte. Você é mimada, cuidam de você e ainda registram. É, sua família te ama e que te ver sempre fofinha. Mas você se sente mal com tantas pessoas tentando fazer de você uma coisa que você não é. Você não gosta de bonecas e prefere se vestir de vermelho, verde ou até mesmo azul... por que não roxo, laranja ou amarelo? Mas, rosa? Logo você entra na escola e por ser branca/olho azul/loira você tem a obrigação de ser metida. Sendo taxada de metida as outras crianças não gostam de você. Você cria seu universo paralelo e busca chamar a atenção das outras crianças de outras formas, seja contando piadas, se jogando no chão ou tentando pular amarelinha totalmente parecendo mais com uma patinha. Você cresce do seu jeito, na sua bolha, no seu mundo. As meninas da sua idade se vestem e agem feito mocinhas e você continua sendo aquela mulecona que usa all star e tem o cabelo armado. Sua família ainda te ama muito, mas sempre te questiona o motivo pelo qual você não é igual as outras. Um tempo depois você adquire certa feminilidade, mas é exclusiva sua, algumas pessoas até gostam, mas você continua sendo diferente. Se você resolve fazer filosofia em uma universidade pública, tá ferrada! Talvez isso seja bom. Primeiro que as pessoas olham o seu visual e pelo fato de você ser branquinha, olhos azuis e loira, além de metida você tem a OBRIGAÇÃO de ser RICA e BURRA. Aí tem que aguentar os questionamentos e afirmações alheias "aquela guria ali é rica, nem sei o que ela tá fazendo aqui", "ihhh ela é mór mimadinha, deve ser um cu", "oi, tudo bem? por que você quer fazer filosofia sendo que você é rica?".... AHHHH!

APELO I: sei que todos ja sofreram algum tipo de preconceito, mas eu não quero deixar para o meu filho um mundo estereotipado. Eu quero que ele tenha direito de escolhas mesmo sendo julgado, aliás, quero que ele seja menos julgado do que as pessoas são e sempre foram (utópico? sim, mas esperançoso). É claro que o pensamento sempre julga, é inevitável e hipocrisia negar, mas julgar uma pessoa e obrigá-la a ser o que ela não é, isso é crueldade.

APELO II: se uma pessoa é mimada e ela gosta, é porque se sente amada e muitas vezes ela não tem culpa de ser mimada. Ela não tem culpa que as pessoas a amam e querem vê-la feliz, fazendo mimos e trocando carinhos. Acredito que quem usa a palavra "mimada" no sentido perjorativo, é porque nunca foi mimado e morre de raiva!

APELO III: muitas vezes as pessoas que nascem ricas não tem culpa de terem tal status, elas não pediram pra nascerem ricas. As vezes esse mundo de futilidades é a única coisa que elas conhecem e nem todas as pessoas ricas seguem o padão de beleza que a mídia impõe. Não estou defendendo a burguesia, apenas penso que tal taxação tem mais de um lado.

Finalização: sou mimada, mas não sou rica e meu ócio favorito é filosofar. Seja quem você quiser ser, cada indivíduo tem seu momento. As pessoas mudam se assim julgarem melhor para elas. Logo, quem é você pra julgar alguém? Pense nisso. Você só é mais uma pulga no leão assim como os demais que aqui habitam.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

tRaDiÇãO



Talvez seja a coerção, ou o medo, ou o vir-a-ser um ridículo é que leva a maioria das pessoas a seguirem certas tradições.
A tradição é algo imposto, isso é óbvio. Mas quem tanto será que reflete sobre ela?
Desde crianças aprendemos que devemos seguir tradições. Nossas vidas é uma grande tradição.

E O DITADOR DO MUNDO DISSE: - Você tem que nascer, se vier com o órgão masculino então você deve ser macho, se vier com o órgão feminino mulher será. Depois você entra para a escola, porque tem que APRENDER pra poder ser "alguém na vida". Deve estudar e estudar porque terá um futuro brilhante. Depois que acabar a escola se mate para conseguir entrar no curso de medicina, direito, engenharia ou algo que dê muito dinheiro, porque nesse mundo, my son, quem não tem dinheiro se fode! Ok, depois disso tudo você DEVE ENCONTRAR ALGUÉM E SE CASAR, porque só quem é casado é que pode construir uma família e FINALMENTE ser feliz.....

onde? na velhice? Ha-ha-ha!

Quem nunca quebrou uma tradição tem o dever de ser feliz? E quem quebra tradições, pode ser feliz?

Dividirei aqui uma historinha com meus poucos, porém únicos, raros e caros leitores.
Quando eu tinha mais ou menos uns 4 ou 5 anos de idade, eu estudava numa escolinha infantil, claro, em frente a loja dos meus pais. Como qualquer criança, no meu caso ja muito sistemática, eu tinha manias. Uma das maninas mais famosas, considerada um vício, é chupar chupeta (aquela maldita borracha que zuou todos meus dentes a posteriori). Logo, um belo dia perto do natal minha chupeta resolveu simplesmente desaparecer. E eu fiquei sem sustentar meu vício naquela tarde. Para mim foi uma perda irreparável! Sem poder me expressar e ja com abstinência de chupeta, resolvi transcender. Algumas crianças tem dificuldades com transcendência e eu fui uma delas. Simplesmente ao inves de somente gritar, eu "dimuli" a escolinha. Destrui a árvore de natal, joguei as cadeiras para fora da sala e me lembro muito bem de uma guria que me ajudou, porém somente eu fiquei com a culpa toda. Enfim, fui expulsa da escola e até hoje NINGUÉM me perguntou o motivo de eu ter explodido e quebrado uma certa tradição que impõe às crianças da não-transcendência "fica quieta menina chata, eu tô ocupado!"

Escrevendo isso tive uma epifania. Será que foi nesse episódio em que decidi fazer filosofia e quebrar a tradição da falsa felicidade? UOWWW :D

Enfim... por hora é isso. Movimento diga não à tradição e busque sempre transcender!

Na foto pra que não sabe é do filme Sociedade dos Poetas Mortos. Um dos maiores exemplos de quebra de tradição e represão depois desta.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Esquece a Filosofia agora!



"Esquece a filosofia agora, vamos falar de realidade"

Pasmem, mas foi isso o que eu ouvi ontem de um professor durante a aula óbviamente do curso de filosofia.

Aaaaaaiiiiiii alguém me explica como que faz pra esquecer a filosofia! É o mesmo que dizer "para de pensar nesse momento" ou então "não pense em nada"...

Então tá, vamos lá. Vamos parar de pensar, de criticar, de criar, de refletir, de sonhar... vamos todos, comigo, vai vai vai... vamos concordar com os conceitos, vamos nos tornar exatos, quadrados, metódicos, cartesianos, sistemáticos etc etc etc vaquinhas de presépio, gados etc etc etc >.<

COMO QUE UM PROFESSOR TEM CORAGEM DE DIZER ISSO À UM ALUNO? COOOOOOOOOMO?
Agora, como que UM PROFESSOR se atreve dizer isso à um aluno de FILOSOFIA????

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Inclusão?



Tá... inclusão. WHATAHELL?

É, eu tô revoltada mesmo! Ontem teve prova de LIBRAS. Pra quem não sabe libras é a língua brasileira de sinais. Agora os cursos de licenciatura são obrigados a ter a matéria libras por causa da tal da inclusão social e blá blá blá.

Tá, agora eu me pergunto, será que os surdos curtem essa tal de inclusão? Será que não seria mais proveitoso para eles estarem em uma escola onde necessariamente aprendessem os conteúdos somente em libras?
O próprio professor de libras do nosso curso disse é contra essa "inclusão" (ô palavrinha chatinha de se trabalhar, não?). Ele disse que ja tem muitas pesquisas que comprovam que os surdos se desenvolvem mais em escolas especializadas... mas NÃÃÃOOO... no Brasil é tudo feito de ponta cabeça mesmo. AAARRRGGHHH!!! >.<

Ok, então preparem-se futuros professores, agora na grade de licenciatura entrará: aulas de árabe, caso haja algum aluno muçulmano; aulas de meditação, caso você tenha que ter paciência com um aluno autista; aulas de braille, para direcionar seu aluno cego; mandarim, para poder corrigir as provas dos orientais; ainda incluirá aulas de mímica para poder se comunicar com alunos surdos, mudos, alejados... e por aí vai...

Podem me julgar e me chamarem de preconceituosa, anti-inclusão ou algo assim, mas o que as pessoas não entendem é que estão jogando todas as responsabilidades nas mãos dos professores... eles que se virem!
A escola ja deixou o seu papel a muuuuito tempo... agora a nova moda é fazer campanha... campanha da inclusão, dos direitos RACIAIS, campanha do piolho e por aí vai...

Não gostou? Pega eu :P

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Gagagagaga...



Hoje acordei meio sapo boi azul, as vezes.
Um cavalo-marinho me recebeu de braços abertos e me serviu o café-da-manhã.
Pensei que ele quisesse me envenenar.
Comi e satisfeita fui até à casa de abacaxi. Tão áspera me deu náusea.
Será mesmo que era veneno?
Um fungo se manifestou na raíz de uma árvore debaixo d'água. Ele queria me devorar.
Mas poxa, ele era verde e eu meio azul. Será que combina?
De repente dois camarões travaram uma batalha. "E agora?", me perguntei, poxa vida! Ficamos todos vermelhos depois, droga!
Eu gostava de ser azul, mas vermelho me caiu muito bem.
Revoltada com a luta e agora de vermelho, me deu uma vontade súbita de derrubar a casa de abacaxi que me deu náusea.
O que costuma me dar náuseas eu costumo matar.
Mas seria mesmo o abacaxi ou o cavalo-marinho?
Ja sei, vou matar os dois, ja estou vermelha mesmo, nem vai fazer diferença!

*Isso (acima) ou a água ferve a 100 graus celcius?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Cotidiano

3 kiwii, 4 ameixa, 2 xuxu, 5 batatas... nossa que calor!

- Ei moça, não tem ar condicionado aqui pra vocês?

*O patrão não liga pra gente não.

- Poxa, mas um lugar desses tão moderno, tão eficiente, tão caro, tão tão tão...

(um ventilador bastaria)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O exercício da Paciência

E aí vamos viajar? Há tempos que estamos combinando... agora tem que ser, ja estão todos nos esperando.
- Vamos sim, mas podemos comer antes?
Claro.
(algumas horas depois)
-bléééggghhhh [onomatopéia de vomitos]... droga, perdi cincão!
Roooooonc [onomatopéia de ronco]
(4:45 da manhã)
Chegamos, vamos andando que ainda há muitas horas.
- Mas eu preciso de uma farmácia.
Não esquenta, a gente acha uma por aí.
PACIÊNCIA Nº 01

(algumas longas horas depois)
Esse daqui é meu amigo fulano, esse daqui o siclano, aquele ali o zézinho... blá blá blá.
-Oi, prazer.
E aí pra onde vamos?
*beber, oras... hoje quero beber até cair no chão.
Mas ah, queria fazer algo de boa. Vamos sair pra conversar.
*Conversar? Se quer conversar comigo entra no msn ou me manda um e-mail.
PACIÊNCIA Nº 02

humkvju!@%#¨&**¨@$ [onomatopéia de barulhos aleatórios que se ouve em uma rua movimentada em um dia considerado não-útil]
Mas aqui não dá pra conversar!
*Mas dá pra beber... espera aí que vou chavecar uma menina.
Perae ow, eu vim aqui pra gente se reunir e trocar ideia.
*Mas eu saí pra encher a cara, travar e pegar menininhas.
PACIÊNCIA Nº 03

(algumas horas depois em um lugar aberto e movimentado)
*tuuuuuuuummmmmmmmmmmmm
Ihhhhh aquele ali não aguenta mais beber.
O outro ali também não e eu ja não estou me aguentando em pé.

- Eu devia ter ficado em casa, mas o que seria do meu exercício da pacência se eu não tivesse me confrontado com cenas que me incomodam e que não fazem parte do meu cotidiano? Bem que o meu pai dizia que a paciência além de uma virtude é uma aprovação sua pra você mesmo. E de tanto ouvir isso percebi que é uma virtude que me persegue... e espero não perseguir pra sempre, porque além de exercê-la sempre, procuro fugir dela!

... eu só queria reciprocidade de considerações, é pedir muito?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

E FICA COMO ESTÁ

As eleições para a reitoria da Universidade Estadual do Norte do Paraná já foram definidas, agora as disputas por diretoria de campi e centros de estudos são as próximas etapas. Segue-se que a proporção atual dos pesos dos votos é de 70% para os docentes e de 15% tanto no caso dos funcionários de carreira como acadêmicos. Discentes dos campi de Bandeirantes e Jacarezinho vieram à reitoria manifestar seu descontentamento com o quadro atual.



Foram de início barrados, mas guardando as faixas e cartazes de protesto e sendo contados em fila indiana os estudantes foram finalmente autorizados a entrar na reitoria da UENP. É bastante curioso utilizar o verbo “autorizar” quando me refiro à entrada em um prédio público, mas foi esse o termo escolhido pelos seguranças do local.



Já era de conhecimento amplo que estudantes estariam na reitoria durante a reunião do CUP (conselho universitário provisório) esta semana reivindicando o voto paritário para as eleições de campi e centros de estudos da UENP. Também não era desconhecido que as chances de que o voto paritário fosse implantado na UENP entre os processos eleitorais seria ínfima.



Para os alunos a real surpresa desse encontro entre estudantes e CUP foi o despreparo por parte daqueles que tão preocupados em defender suas teses e acalmar os ânimos dos discentes apresentaram grande ineficiência argumentativa.



Acredito que o uso inconseqüente e constante de falácias durante a plenária do CUP muito contribuiu para inflamar ânimos e desencadear reações mais explosivas. Os ilustres conselheiros ao se verem desconfortáveis com a presença de cerca de trinta alunos adotaram uma postura defensiva pouco eficiente. Algumas pérolas da discussão possibilitam uma análise lógica.



“As melhores universidades não têm voto paritário.” Foi um dos pontos altos da fala do atual vice-reitor Luiz Carlos Bruschi. Apelo à maioria ad populum foi o argumento que sustentou a defesa de Bruschi pelo sistema atual de cálculo de votos na nossa universidade.



O modelo empresarial das universidades que contratam executivos MBA para suas gestões é o modelo que queremos seguir? Um modelo importado de administração é o que precisamos? Penso que a discussão não é essa. Logo, apelando às maiorias temos a primeira falácia do rol.



“Nosso processo de credenciamento já passou por ameaças políticas externas.” Bruschi fez assim um apelo sentimental ad misericordiam ao tentar causar receio de que nossa universidade não seja recredenciada caso ocorram alterações no regimento eleitoral. Tentar implantar receios infundados quanto à continuidade de nossa universidade demonstra a falta de melhores argumentos do nosso estimado vice-reitor.



Conquistando logo de inicio olhares inconformados dos alunos presentes o professor do colegiado de Matemática de Jacarezinho conhecido pela alcunha de Kiko sustentou que o voto do aluno deve ter menor peso que o dos professores, pois “O aluno passa por um momento muito afoito próprio da idade”. O caro docente em sua argumentação não levou em conta que a partir dos 16 anos de idade qualquer jovem pode votar para presidente da república. Teria o professor algum problema com o corpo discente da UENP em específico? Falácia de ataque pessoal ad hominem computada contra o matemático.



A legislação seguia sendo discutida quando o professor Marcelo Alves do campus de Bandeirantes foi o provedor de uma das mais raras jóias do encontro. Categoricamente ele bradou “Eu como veterinário tenho conhecimento técnico sobre vacas, e sobre leis apenas os juristas devem opinar.” Com esse espírito talvez (tomara que) humorista o médico veterinário nos ofereceu uma conclusão irrelevante do tipo ignoratio elenchi.



O conselheiro do CUP e acadêmico Carlos Sato Netto teve sua vez na plenária quando defendeu que a importância do voto paritário não é a de equivaler a opinião daqueles que freqüentam a universidade por quatro anos contra aqueles que dedicam sua vida a ela. O objetivo dos votos com o mesmo peso entre professores, funcionários e alunos seria o de equivaler três classes que constituirão toda a existência da UENP.



Em resposta o nosso conhecido matemático desfere uma saraivada de cálculos contra Sato Netto em defesa da maioria percentual dos docentes. E encerra a artilharia concluindo “Como você não é da área de exatas você não deve ter entendido”. Esse final com ares orgulhosos redeu ao representante das ciências exatas a láurea de campeão do ataque pessoal.



A esse ponto da plenária já era possível de se ver alunos levantados e em ponto de começar uma manifestação menos discreta do que erguer os braços em oposição às propostas das quais discordavam, como estavam fazendo até então.



Ainda em justificativas defensivas Bruschi faz uma curiosa comparação “É justo ter uma orquestra sinfônica, mas ainda não temos dinheiro para contratar os músicos”. Creio que a impossibilidade de ouvir musica clássica ao vivo na universidade e a participação nas escolhas estratégicas dela tem diferentes importâncias para os alunos. O momento é de discutir legislação dessa autarquia que é a universidade e não de definir investimentos em atividades culturais. Por falsa relação de eventos falácia cum hoc ergo propter hoc adicionada à conta do vice-reitor.



Ao final da aula de falácias e depois de muitas preliminares o datashow exibiu as letras da discórdia e quando a votação consagrou a proporção atual dos pesos dos votos das três categorias dois alunos se exaltaram, acusaram membros do conselho de fascistas e foram retirados do recinto.



O atualmente reitor e bispo de Jacarezinho Dom Fernando pronunciou em tom solene que “Nesse processo tivemos que aceitar várias coisas que não concordávamos”. Infelizmente (ou não) a serenidade e passividade cristã não se propagaram pelo ambiente já incendiado pelos humores.



A muitas vezes ouvida frase “E fica como está.” dita por Bruschi que conduzia os trabalhos ressoou como o engessamento das posturas defendidas pela maioria dos conselheiros.



Na saída da sessão os alunos remanescentes, pois muitos deixaram a plenária no decorrer das ultimas votações, aplaudiram a “democracia”.



Fora do prédio um discente e o matemático quase chegaram às “vias de fato” em razão de ofensa por parte do primeiro.



Esses ocorridos que tomaram a manhã de terça-feira tornaram mais nítidos alguns quadros. A movimentação estudantil da UENP tem marcado presença, tem sido um peso na balança mesmo que esta não tenha se reclinado ainda.



As manifestações devem ser melhor organizadas, é preciso que os alunos falem a mesma língua em momentos de enfrentamento para que a causa estudantil seja propagada legitimamente como é. Ânimos mal conduzidos são desfavores à causa.



Do outro lado, docentes e dirigentes da UENP têm agora que levar em consideração que existem outras forças nesse jogo político, forças legítimas e em crescimento. Ataques pessoais figurando o manifestante como mero agitador são os maiores trunfos que podem ser dados às oposições. Em um debate democrático apelos e incongruências argumentativas devem ser evitados, quaisquer ambientes de debate sérios merecem mais que isso.



Ao final do debate o único aforismo do qual não posso discordar foi também oferecido por Luiz Carlos Bruschi. Quando argumentou sobre a razão de um mesmo candidato não poder pleitear posto de diretor de campus e de centro de estudos ele afirmou:



“Não dá para correr, assoviar e chupar cana.”



Uma metáfora muito bem utilizada, mas pelo conhecimento de Fisiologia talvez devêssemos consultar o professor médico veterinário sobre o assunto. Sobre isso ele pode opinar.



Com péssimos argumentos utilizados e algumas ofensas lançadas, os docentes saindo da reunião pela porta dos fundos e os acadêmicos pela porta da frente.



Fica a sensação de que mais está por vir.





Bruno Iauch – Centro Acadêmico de Filosofia - UENP

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

E se o mundo acabasse?



Nós tínhamos tanto potencial, tantos dons, mas desperdiçamos tudo com nossa inteligência
Nossa busca cega por tecnologia só acelerou ainda mais a nossa maldição
Nosso mundo está acabando, mas a vida tem que continuar

....



7: Mas e agora?
9: Não tenho certeza, mas esse mundo agora é nosso. Vai depender do que fizermos com ele!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Manifestação, exigências, comentários, interesses, política e afins



Ontem, dia 10/08 ocorreu na Universidade ESTADUAL do Norte do Paraná, uma manifestação promovida pelos alunos de filosofia, em frente ao CCHE/CLCA (Centro de Ciências Humanas e da Educação/ Centro de Letras Comunicação e Artes). O motivo da manifestação foi aproveitar a presença do secretário da SETI, Nildo Lübke, para reivindicar a falta de professores do curso de filosofia e dos demais curso da antiga FAFIJA. O concurso público foi feito o ano passado, mas a nomeação de tais professores ainda não foi feita. O curso de filosofia corre o risco de não ser aprovado, pois não tem professores o suficiente, logo os futuros filósofos ficarão sem seus diplomas caso não haja a nomeação.
O sr Nildo Lübke, afirmou que falaria com o governador do Estado para que esse acelerasse o processo de nomeação, pois é somente o governador que pode resolver esse caso. Ele nos deu 24 horas. Pois bem, essas 24 horas ja se passaram. (Política, burocracia, sabe como é, né?!... ja esperaram 3 anos por professores, o que custa esperar mais um dia, não? Pffff)
Informo agora que nessa sexta dia 13/08 (sexta-feira 13 mMmmUUuAAaHHHh) o GOVERNADOR DO ESTADO, SR ORLANDO PESSUTI, estará na cidade de Jacarezinho! E é claro, se a nomeação não sair até sexta, haverá outra manifestação e estão todos convidados a nos ajudar com mais uma conquista conseguida na raça!

Bom, quero enfatizar que estamos ficando bons nisso, nossa manifestação repercutiu no site da SETI

http://www.seti.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=1685

E não é querer me gambar não, mas logo logo o Fidel tá ligando pra gente pra perguntar "ei filósofos, será que vocês não querem ir pra Bolívia terminar o que o Che não conseguiu terminar? Dou-lhes caixas de charutos cubanos. Hein? haaam? haam?" HAHAHA :P

E como eu sou uma ANTA e não sei colocar vídeos do youtube aqui no blogspot, contente-se com o link do vídeo feito pelo Newton "Che" http://www.youtube.com/watch?v=q8tF2fDyqng

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A triste pampa que herdei



Fico aborrecida em ver o estado que ficou a triste pampa que herdei.
Analisando por esses dias, não pude me conter, e por não ter onde me aliviar, tive que correr.
Chorei!

Na pampa que herdei, as pessoas dão mais valores à video games do que para seus pais.
Na pampa que herdei, as pessoas tem uma concepção de felicidade diferente da qual imaginei: elas se contentam em beber até seus fígados não aguentarem mais, sair com os amigos e se relacionarem sexualmente com pessoas estranhas, para acordarem em lugares aleatórios e achar isso um máximo. Se preocupam em fazer isso, erguer seus respectivos egos para poder compartilhar tais histórias com "amigos". Essa é a concepção de felicidade que grande parte das pessoas tem. Desculpem-me, mas EU NÃO MEREÇO ISSO!
Na pampa que herdei, homens denominados de "gênios" buscam a melhor forma de conforto construindo máquinas para substituir o homem para que utopicamente este tenha seu tão sonhado ócio.
Na pampa que herdei, esses gênios não se dão conta de que estão virando os próprios robôs da sociedade do consumo.
Na pampa que herdei, pessoas tem relações pelo computador e se esquecem de comprimentar o próprio vizinho, à propósito, é mais fácil ter o msn desse vizinho do que fazer-lhe uma visita.
Na pampa que herdei, a família não é mais importante porque foi aquela que nos amparou quando nascemos e aquela que nos fez ser o que somos, mas pra que gostar e sentir falta da família? É "mais legal" ficar com os amigos, encher a cara, pegar a mulherada...
Na pampa que herdei, dificilmente as pessoas são felizes, elas são cobradas para trabalharem no que não gostam, muitas horas de trabalho, muito dinheiro por receber, para que no final se satisfaçam comprando alguma coisa. Logo, para tais pessoas, a felicidade se resume em comprar. Desculpem-me, mas também não mereço isso!
Na pampa que herdei ainda há algumas esperanças, posso não saber a solução, mas sei de dizer o que não é necessário fazer para que estagne essa pampa!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A UTOPIA é necessária



Eu confesso que não li o livro A Utopia de Thomas Morus, porém conheço bem o seu significado no senso comum. Usualmente falando, utopia é algo inatingível, é um ideal.
Essa é uma explicação bem superficial, mas não é o ponto que quero chegar. Primeiro entende-se utopia, agora vamos à esperança.
O que é esperança afinal?
Dicionário: "Expectativa de um bem que se deseja: a esperança é grande consoladora."
Tá, mas qual a receita para ter a tal esperança?
Eu acredito que isso é algo bem subjetivo, algumas pessoas se seguram na esperança para poder viver, mas isso não é utopia? Ter expectativa de algo que você não sabe se dará certo, porém mesmo assim você tem esperança. Um tanto confuso, não?
Hoje tive uma prova empirica de esperança e estou um tanto feliz.
Conversando com alguns amigos que há anos não tinha muito contato, vi o quanto a utopia unida com a esperança pode fazer sentido.
Muitos de nós aos 17 anos não conseguíamos estudar por achar o vestibular uma utopia e não tínhamos muitas esperanças. Com o passar do tempo essa esperança foi crescendo e crescendo e muitos que pensavam na tal utopia, conseguiram atingir o tal ideal (com esperança e muuuito estudo, claro!).
Bom, isso foi só o exemplo da noite, é claro que pra alguns isso não aconteceu e continua sento utopia.
Onde quero chegar?
Não que isso seja o sentido da vida, mas não está óbvio que a utopia é necessária? Necessária pra que?
- PARA QUE O HOMEM CONTINUE CAMINHANDO!
Mas como fazer isso?
- TENDO ESPERANÇA!
É uma receita?
- Não! Mas à partir do momento em que você perder todas as esperanças, você deixará de caminhar...

... continue a nadar, continue a nadar....

ps: se alguém descobrir o sentido da vida, me avise, por favor... enquanto isso eu continuo tendo esperanças.

sábado, 24 de julho de 2010

Herdeiro da Pampa Pobre



Esse é o meu milésimo blog que eu tento resgatar. Espero que dessa vez vá!

Com o intuito de democratizar esse meio de comunicação, que é acessível a uma boa parcela da população brasileira, procurarei tratar de assuntos não tão subjetivos (só se me der vontade, afinal o blog é meu). Afinal eu não quero passar pelo mundo a toa, não sou avulsa e quero, ao menos tentar, a transformação do status quo... seja por meios de internet, artes ou afins.

A música "Herdeiro da pampa pobre" dos Gaúchos da Fronteira, foi regravada por uma das minhas bandas favoritas, Engenheiros do Hawaii.
Resumindo a música: leia-se "herdeiro" como seres humanos e "pampa pobre" como status quo.

Boa Viagem! Au Revoir!


"Mas que pampa é essa que eu recebo agora
Com a missão de cultivar raízes
Se dessa pampa que me fala a história
Não me deixaram nem sequer matizes?

Passam às mãos da minha geração
Heranças feitas de fortunas rotas
Campos desertos que não geram pão
Onde a ganância anda de rédeas soltas

Se for preciso, eu volto a ser caudilho
Por essa pampa que ficou pra trás
Porque eu não quero deixar pro meu filho
A pampa pobre que herdei de meu pai

Mas que pampa é essa que eu recebo agora
Com a missão de cultivar raízes
Se dessa pampa que me fala a história
Não me deixaram nem sequer matizes?

Passam às mãos da minha geração
Heranças feitas de fortunas rotas
Campos desertos que não geram pão
Onde a ganância anda de rédeas soltas

Se for preciso, eu volto a ser caudilho
Por essa pampa que ficou pra trás
Porque eu não quero deixar pro meu filho
A pampa pobre que herdei de meu pai

Herdei um campo onde o patrão é rei
Tendo poderes sobre o pão e as águas
Onde esquecido vive o peão sem leis
De pés descalços cabresteando mágoas

O que hoje herdo da minha grei chirua
É um desafio que a minha idade afronta
Pois me deixaram com a guaiaca nua
Pra pagar uma porção de contas

Se for preciso, eu volto a ser caudilho
Por essa pampa que ficou pra trás
Porque eu não quero deixar pro meu filho
A pampa pobre que herdei de meu pai

Eu não quero deixar pro meu filho
A pampa pobre que herdei de meu pai

Eu não quero deixar pro meu filho
A pampa pobre que herdei de meu pai"