quarta-feira, 20 de julho de 2011

Você ama alguém?



"Há inúmeras definições para o sentimento 'amor' ou para o verbo 'amar', são conceitos subjetivos que, no entanto, o senso comum tenta explicar. Para iniciar essa discussão sobre o 'amor líquido', usar-se-á aqui as definições destinadas ao senso comum: ter carinho por alguém, compaixão, paixão, consideração, amizade, entre outros sentimentos, seja esses sentimentos destinado ao próximo, à algum parceiro ou parceira ou então ao amor-próprio. Só o que se sabe é que amar é uma capacidade do ser humano e que esse sentimento vem sofrendo modificações com o decorrer das eras." (trecho extraído do 1º capítulo do meu TCC)



E por que esse sentimento tráz tanto sofrimento? Sentir carinho por alguém é muito bom, mas como dói quando não é recíproco. Fazer um agrado é tão gratificante, mas como machuca quando o outro é indiferente.
O senso comum tenta nos impor, aliás, há certa consciência coletiva de que todas as pessoas do mundo devem se relacionar amorosamente para obter certo grau de felicidade. Ok, eu concordo, não tem como viver só numa sociedade repleta de universos, porém, será que Freud estava certo?
Freud dizia que esses sentimentos, citados acima, são necessidades puramente fisiológicas do seres humanos, ou seja, ter a necessidade de sentir amor, por exemplo, é o mesmo que sentir muita vontade de comer. Hummm, desculpa Freud, mas eu sou obrigada a discordar.
Pode até ser uma necessidade humana, mas não penso que seja puramente fisiológica. Penso que o amor é como a mente, sabemos que existe, porém não conseguimos manuseá-la, se abrimos o peito e pegarmos o coração na mão, não encontraremos o amor nele. Então pode ser fisiológico? Penso que não. Então o que é? De onde vem esses sentimentos que quando correspondido nos causa certa felicidade imensa e quando não é recíproco nos causa aquela dor no peito e aquela vontade de morrer?
Já não é fácil lidar com coisas materiais que são absolutamente palpáveis, mas como lidar com sentimentos abstratos? Existe uma receita, um remédio ou algum manual de instrução?

E ainda tentaram me convencer que a subjetividade não existe... prove, ciência, prove! Vai vai, diz aí oh dona dos paradigmas vigentes! Causadora da morte individual, me coloca dentro de uma caixa e diz que todo sentimento que tenho são apenas necessidades humanas.... EU DUVIDO de você, ciência!

Quem foge desses sentimentos são covardes, aqueles que têm medo de sofrer e sofrem por isso. E eu, o que faço com esses números?

A MEDIDA DE AMAR É AMAR SEM MEDIDA (Santo Agostinho)

11 comentários:

Anônimo disse...

Aline...a subjetividade ta na sua cabeça...

Anônimo disse...

Já pensei que amar era uma fraqueza, mas hoje penso que amar é ser humano. E estou feito doido correndo atrás da minha humanidade.

Tudo bem que ainda possuo certo receio desse "amor", mas já venho treinando amar e quem sabe no fim não me encontre.

E se a subjetividade não existe, quem será esses tantos Eus que sempre sou e não sou.

Parabéns pelo blog Frô, ele é uma "conversa" em todo bom sentido.

Lika FRÔ disse...

Anônimo cientista, certeza!... Nícolas, obrigada pela visita e pelo comentário, adorei :)

Anônimo disse...

EUUUUUUUUU TE AMOOOOOOOOOOOOO! :B

Hihihihi!

Ótimo texto Frôzinha.

http://lepetitkawai.blogspot.com/

Rodrigo Mariano disse...

líquido ou em barras
há amor de tantas marcas
que não posso economizar

vou gastando
na lojinha , no mercado
e até mando entregar

pra mercadorias como essa
fomos feitos:
cheque em branco
pré-datado
empréstimo consignado
cartão de crédito
caderneta
papel moeda
escambo e
calotagem

"ô seu João
dona Maria mandou marcar..."

Lika FRÔ disse...

Desiiiiiii eu te amo, sua gaylona. Olha só o tio Rodrigo e a estética do oprimido. Mandou benzásso :D

Wesley Diogenes disse...

Que texto mais lindo e profundo, foi de uma sutileza e vivacidade surpreendente a forma que vc abordou um assunto tão comentado como o amor de forma bem inovadora, adorei o diálogo que vc do texto com a música do Nando Reis. De alguma forma esse teu texto me fez lembrar daquela poesia de Fernando Pessoa que diz: "Todas as cartas de amor são Ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas." beijãooo Lika :D

Lika FRÔ disse...

"eu também escrevi em meu tempo cartas de amor, como todas, ridículas. As cartas de amor se há amor tem de ser ridículas. Mas afinal, SÓ AS PESSOAS QUE NUNCA ESCREVERAM CARTAS DE AMOR É QUE SÃO RIDÍCULAS". Wesleeeey, coincidentemente eu ja recitei esse poema em um recital (óbvio, dã), eu deveria ter uns 14 anos. Obrigada pelos elogios e você é uma pessoa que sabe traduzir, tudo que eu quis transmitir, em palavras mais claras e concisas. Muito obrigada por sempre estar por aqui. Um abração, amigo de tão perto e tão longe ^_^

Vinícius Juberte disse...

Eu também não acredito que seja meramente biológico, e sempre duvido das pessoas que tentam explicar o mundo através do determinismo biológico. Não acho que isso explica duas pessoas que passam 50 anos de suas vidas juntas, sempre uma ao lado da outra, se apoiando, por exemplo. Tem algo a mais aí.

De qualquer forma acredito que o amor nos proporcione experiências muito enriquecedoras, seja na forma de um amor romântico ou da amizade. Tanto para o bem, quanto para o mal, o amor nos ensina muito.
Enfim, é algo necessário, no sentido mais completo que isso possa ter. ;)

Beijo, Lika.

Lincoln disse...

Quem inventou o amor...
explica por favor...

O amor é um sentimento que tem que ser trabalhado, assim como todos, há tanto uma dose fisiológica quanto filosófica. Temos sistemas de pensamento diferentes e amamos de forma diferente. Sofrer por não ser correspondido pelo amor que a gente sente por uma pessoa creio que seja justamente uma oportunidade de aprender mais sobre o amor que existe dentro de nós. Imaginando a situação oposta, penso em alguém que não ama outra pessoa mas está tentando "aprender" a amá-la, é igualmente difícil, e sei la tbm, quando o assunto é amor, acho que todos estamos vulneráveis, não é a toa que existe um personagem chamado cupido que acerta uma flechinha nos corações.

E teu blog tá incrível, virei sempre roubar algo. Abraço.

Lika FRÔ disse...

Poxa Lincoln, quanto tempo não te via por essas bandas. Obrigada pela visita e ainda mais obrigada por compartilhar comigo os roubos em blogs, fiquei feliz de saber que também sou roubada, pois pensava que só fosse eu que roubava coisas do seu blog... hahaha :P