sábado, 24 de julho de 2010

Herdeiro da Pampa Pobre



Esse é o meu milésimo blog que eu tento resgatar. Espero que dessa vez vá!

Com o intuito de democratizar esse meio de comunicação, que é acessível a uma boa parcela da população brasileira, procurarei tratar de assuntos não tão subjetivos (só se me der vontade, afinal o blog é meu). Afinal eu não quero passar pelo mundo a toa, não sou avulsa e quero, ao menos tentar, a transformação do status quo... seja por meios de internet, artes ou afins.

A música "Herdeiro da pampa pobre" dos Gaúchos da Fronteira, foi regravada por uma das minhas bandas favoritas, Engenheiros do Hawaii.
Resumindo a música: leia-se "herdeiro" como seres humanos e "pampa pobre" como status quo.

Boa Viagem! Au Revoir!


"Mas que pampa é essa que eu recebo agora
Com a missão de cultivar raízes
Se dessa pampa que me fala a história
Não me deixaram nem sequer matizes?

Passam às mãos da minha geração
Heranças feitas de fortunas rotas
Campos desertos que não geram pão
Onde a ganância anda de rédeas soltas

Se for preciso, eu volto a ser caudilho
Por essa pampa que ficou pra trás
Porque eu não quero deixar pro meu filho
A pampa pobre que herdei de meu pai

Mas que pampa é essa que eu recebo agora
Com a missão de cultivar raízes
Se dessa pampa que me fala a história
Não me deixaram nem sequer matizes?

Passam às mãos da minha geração
Heranças feitas de fortunas rotas
Campos desertos que não geram pão
Onde a ganância anda de rédeas soltas

Se for preciso, eu volto a ser caudilho
Por essa pampa que ficou pra trás
Porque eu não quero deixar pro meu filho
A pampa pobre que herdei de meu pai

Herdei um campo onde o patrão é rei
Tendo poderes sobre o pão e as águas
Onde esquecido vive o peão sem leis
De pés descalços cabresteando mágoas

O que hoje herdo da minha grei chirua
É um desafio que a minha idade afronta
Pois me deixaram com a guaiaca nua
Pra pagar uma porção de contas

Se for preciso, eu volto a ser caudilho
Por essa pampa que ficou pra trás
Porque eu não quero deixar pro meu filho
A pampa pobre que herdei de meu pai

Eu não quero deixar pro meu filho
A pampa pobre que herdei de meu pai

Eu não quero deixar pro meu filho
A pampa pobre que herdei de meu pai"

12 comentários:

Lika FRÔ disse...

Agora simm, façam suas críticas. :D

Jéssica Marques disse...

Esse blog vai p. frente, née?
soahsoahsa'

Tá ótimoo.. :d

beeijo

www.fleur-du-matin.blogspot.com

Ricardo Leme Vilela disse...

Não sabia que essa música é do Gaúcho da Fronteira. De qualquer forma, acho que ele deve atravessar a fronteira e parar de criticar nossa "pampa". <-- Foi só mais uma piadinha sem graça. Espero que teu blogue tenha sucesso e não seja abandonado pela autora.

Vinícius Juberte disse...

Essa música é maravilhosa! Grandes gaúchos! Gaúcho da Fronteira e Humberto Gessinger. Engraçado como duas figuras aparentemente tão antagônicas se complementam tão bem nessa canção, né??? Enfim, assim como os outros colegas eu espero que esse daqui você não abandone! Compartilhe os seus pensamentos conosco, guria!XD

Beijo!

Rodrigo Slama disse...

Você pode, por gentileza, traduzir essa canção e me mandar...
rodrigo_slama@hotmail.com...

Alguns termos não são dicionarizados, e eu aqui, no RN, não entendo.

Grato!

Anônimo disse...

O assunto é interessante e apresenta uma cultura, saudável e respeitosa.
Mas ai vem em bocó e diz (termos não são dicionarizados) vá amarrar seu bode e seu jumento em um pé de cactos.

Karine disse...

Admiro muito esta música. Confesso que não sei o real significado dela, adoraria saber por isso, se alguém puder falar um pouco mais sobre ela aqui eu iria gostar. :)

Anônimo disse...

Essa música tem uma critica social muito forte. Possui muitos regionalismos gaúchos, mas pode ser usada para o país todo. Pampa = terra, país, nação, sociedade....matizes = identidade, ideal, ideologia....rotas = estragadas, imprestáveis.....caudilho = antigo líder político e militar de uma região, tipo os "coronéis do nordeste", que formavam milicias armadas para lutar por seus ideais, ou seja, a letra diz que se for preciso, ele pega em armas para lutar pela terra e pelo povo dele.....cabresteando = andar no cabresto, servil, de cabeça baixa.....grei chirua = rebanho pobre, mal trapilho, grupo de pessoas mal trapilhas, pobres......guaiaca = algibeira, antiga peça de vestuário onde se guardava dinheiro, pode ser entendida atualmente como carteira, bolso, ele quer dizer que lhe deixaram com o bolso pelado, sem dinheiro.....excelente letra!!!

Douglas disse...

Valeu pela explicação! Sou Goiano e algumas palavras fazem parte do nosso regionalismo interiorano, outras não. Também sou apreciador da boa música acompanhada de uma boa letra e esta é simplesmente linda. Parabéns e obrigado pelas explicações!

Jeylson disse...

Por que que ao invés de voce fazer seu comentário xenófobico, nao esplica melhor a letra e mostra as traduções de alguns termos linguístico do RS que compeem essa linda música? Pelo visto voce se empenhou tanto em diminuir meu conterrâneo pra mostra algum tipo de inteligência que tenho a impressão que nem você sabe o significado da letra. Tirei essa conclusão quando disse "cacto" no final do comentário.
Bem, você está certo sobre o cacto (um dos varios) mas nós chamamos aqui de MANDACARU e pode servir pra enfiar no seu C. De GALADOS como vc.

Leandro Silva disse...

Entre brigas e tormentos de vocês... Eu, inesperadamente ouvindo essa musica, imaginei que a 1ª pessoa está reclamando do que deixaram para ela. Sou Agrônomo e Músico, e meus pais não deixaram nada para mim. Estou construindo. Sapiência e Paz para vocês

Army disse...

Eu sempre pensando no carro da ford. Rsrsrsrs