
Oi.
Pra variar eu tô revoltada.
Por que nós, acadêmicos, temos que escrever ou falar bonito?
O academicismo é uma merda. (vide wikpédia...rs)
Não podemos achar, temos que dizer "eu penso".
Não podemos coloquiar, temos que ser na norma culta atual da língua portuguesa.
Não podemos colocar nossas ideias em um papel sem que seja embasado em algum autor >.<
Você pensa, se expressa e quando vai ver algum candango ja fez tudo isso... de forma diferente, eu sei, mas fez. Isso me frustra MUITO!
Semana passada eu estava conversando com dois amigos que me inspiraram no assunto que quero tratar nesse post.
Ele faz biblioteconomia e ela é formada em administração e está cursando pedagogia.
Ambos com a mesma opinioão.
Ele diz que se sente muito mal na faculdade, pois ele pensa, lê, entende de uma forma e se expressa da sua maneira. Contudo, ele se sente "burro" comparado aos amigos de sala, pois eles se expressam de forma, digamos, "científica" e ele não... ele simplesmente é... e isso pra academia tá errado, você tem que ser um cientísta, alguém que lê muito e "fala bonito". E ela, que fez seu trabalho de conclusão de curso a pouco tempo diz que não serviu de nada falar e falar "bonito", pois não usa isso no dia a dia.
Eu, como futura professora de filosofia (só mais um ano, uooow!), me pergunto o motivo pelo qual somos forçados pela academia a "se expressar bonito" sendo que nossos alunos não vão entender na hora em que eu disser
"porque a hermenêutica do mundo hiperurâneo é uma dialética de blá blá blá"...Vivemos numa sociedade que não é intelectualizada e, pra mim, temos que falar a língua dela e não nos restringirmos a uma linguagem rebuscada em que os demais, a não ser os acadêmicos, não vão entender.
Eu me sinto analfabeta lendo Foucault Eu tô cansada de toda essa merda que se fala na academia... de todo esse blá blá bla "bonito" e sem sentido... eu quero entender e não precisar andar com um dicionário na mão.
ACREDITO QUE ERRADO É AQUELE QUE FALA CORRETO E NÃO VIVE O QUE DIZ ZALUZEJO, pra quem não conhece é uma música do O Teatro Mágico que fala dessa linguagem não-intelectualizada da sociedade (não da sociedade acadêmica)
Aqui, pra quem ainda não viu, O BONDE DAS CABEÇUDAS. Uma forma divertida de aprender e não precisar ficar "falando bonito".